segunda-feira, outubro 27, 2008

CURSO DE CENOGRAFIA E DIREÇÃO DE ARTE PARA AUDIOVISUAL

Objetivos: Curso prático de Cenografia e Direção de Arte para Audiovisual, com apoio teórico na História da Arte, com a intenção de desenvolver através de exercícios, a criação de espaços cenográficos e a composição de figurinos, em alguns períodos históricos, exercitando um novo "olhar dramático" da cidade, das roupas, e dos objetos, e transformando literatura - roteiros, livros etc.- em imagens.

Ministrante: Carlos Arthur Liuzzi
Fotógrafo, diretor de cena, cenógrafo e diretor de arte. Trabalhou na cenografia e direção de arte dos seguintes filmes: Joana Angélica, dir. Walter Lima Jr. Inocência, dir. Walter Lima Jr., Chico Rei, dir. Walter Lima Jr., Tensão no Rio, dir. Gustavo Dahl, Avaeté, dir. Zelito Viana, Sonho de Valsa, dir. Ana Carolina, Lua Cheia, dir. Alain Fresnot, Escola Atrapalhada, dir. Déo Rangel, Matou a Família e Foi ao Cinema, dir. Neville d’Almeida, Harmada, dir. Maurice Capovilla, Lembranças do Futuro, dir. Ana Maria Magalhães.
Professor da matéria Direção de Arte na Faculdade de Cinema Gama Filho e na Escola de Cinema Darcy Ribeiro.

Período:
05 a 15 de novembro de 200
Horário: de segunda a sexta de 18:00 às 22:00 hs e sábados (8 e 15 de novembro) de 10:00 às 14:00 hs
Local: Ateliê IAP
Número de vagas: 20
Público alvo: alunos de Arquitetura, Artes Visuais, Desenho Industrial e áreas afins e pessoas com experiência em Cenografia.
Inscrições: 20 a 30 de outubro, de segunda a sexta das 8:30 às 13:00 hs e das 15:00 às 17:30 hs e sexta-feira das 8:30 às 14:00 hs, no Núcleo de Produção Digital do Pará / IAP.

O conteúdo programático
ARTE
1- Sec. XVI- Nascimento do Homem Moderno - Maneirismo
2 - Barroco
3 - Rococó
4 - Neo-Clássico
5 - Romantismo
6 - Nascimento da Imagem Moderna:
a) Impressionismo
b) Expressionismo, Cubismo, Fauvismo, Futurismo, Dadaismo, Surrealismo,
Construtivismo, Modernismo.

ARQUITETURA
1- De 1530 a 1808 - Período Colonial
2- De 1808 a 1850 - Período Neo-Clássico e Romantismo
3- De 1850 a 1920 - Período Ecletismo (Art Nouveau)
4- De 1925 a 1940 - Período Art Decô e outros
5- De 1940 a 1965 - Período Modernismo


Alunos precisarão trazer:
Régua T
Um par de esquadros de tamanho médio
Lapiseira 0,5 ou 0,7mm
Lápis-borracha





segunda-feira, outubro 20, 2008

Hoje, no Olympia....

Há mais de um ano, nós do coletivo audiovisual paraense (digo assim pelo fato da ABDeC estar a frente, mas sempre haver a participação de amantes do cinema e simpatizantes a causa) temos como bandeira nacionalmente a preservação do Cinema Olympia.

A falta de interesse “real” e do compromisso em honrar o que foi assumido na época pelo Sr. Prefeito e responsáveis pela FUMBEL é no mínimo espantosa.

FECHADO PARA REFORMA é o espelho do interesse na preservação do espaço.

O projeto apresentado (e defendido até hoje por nós) de que o Olympia se transforme em tela aberta para o cinema nacional, com espaço multiuso para cursos e pequenos espetáculos (na parte de trás do prédio, hoje ainda abandonada) revitalizando assim o trecho da primeiro de março, da exposição permenente do audiovisual paraense, da videoteca amazônica, da lojinha de produtos... foram literalmente jogados no lixo.

Mesmo nos colocando a disposição para contatos com o governo (que no ínicio, por ser uma gestão de partido contrário dificultou muito, mas posteriormente aberta mediante diálogo com a nossa intervenção), o contato com o Ministério da Cultura, a proposta junto ao MONUMENTA... tudo relegado ao esquecimento por egos magoados.

Evocamos então qual seria o motivo da impossibilidade de enchergar a importância do Espaço Olympia, de sua representatividade para o cinema nacional e para o Norte. Isso, parece nos conduzir a reflexão para a frase: Fechado para Reforma. Refoma “de que”? O fato desta administração não conseguir ter a gerência necessária em resolver o problema do Teatro Municipal e querer resolver o problema com Olympia (em atividade na expressão desde 1912) subutilizando a estrutura? Isso entristece, e muito.

Falta é interessse, compromisso, respeito com a produção audiovisual e com a verba pública.

Após meses (entre telefonemas, entregas de ofícios, reuniões com diversas pessoas e que inclusive foram repetitivas) para que o projeto fosse realizado, e nada de concreto. Até foi publicada uma portaria, nomeando um comitê gestor...é nada aconteceu, sequer uma satisfação. Nos oferecemos inclusive para estruturar, orçar e captar.... e nada.

Tornar isso público é necessário. Pelo fato que o silêncio se tornar insurpotável. Esta situação de “calar” por não ser politico “falar”, realmente sufoca.

Ser político, não é calar. Ser político é ter a conciência da importância do espaço e da história do lugar, como cidadões ativos e militantes do audiovisual. É inaceitável perceber o descaso para com nossa cultura e nossa memória das autoridades competentes deste município.

Abaixo, remetemos o manifesto (distribuido ná época e entregue ao Sr. Prefeito), sugestão de termo de referência (repassado a FUMBEL) e a proposta de projeto repassada (também a FUMBEL)


Atenciosamente.


Afonso Gallindo
Cidadão Paraense/Brasileiro
Militante Cultural do Audiovisual


MANIFESTO PELA PERMANÊNCIA DO CINEMA OLYMPIA

Basta de descaso pela memória cultural.
Tomamos posição neste momento pela preservação do espaço cultural representado pelo Cinema Olympia, a mais antiga sala de cinema em funcionamento contínuo do Brasil, desde 1912.
Nosso protesto contra o fechamento, que queremos seja apenas temporário, nos faz, ao mesmo tempo, propor alternativas para sua sobrevivência física e não só em nossa memória afetiva.
Há pouco foi inaugurado em Belém um restaurante popular, com preços simbólicos, subsidiados pelo poder público. Então a pergunta que fazemos é – tendo na lembrança a conhecida canção que diz, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte” -, por que não um cinema popular, também ele com preço de ingresso subsidiado pelo poder público? E que seja, ao mesmo tempo, um espaço de formação e apoio à produção de audiovisuais?
Por isso, nossa proposta para o Cinema Olympia é a de transformá-lo no “ESPAÇO CULTURAL CINEMA OLYMPIA”, de difusão, produção e formação de audiovisuais.
Sua viabilização poderia ser feita via parceria público-privada, sob alguma das formas de tornar isso legalmente possível.
Como sugestão de adequação de espaço físico e de atividades, propomos o seguinte:
1 – No hall haveria um espaço de conveniência, com café, lanchonete, exposição permanente sobre o cinema, galeria e artigos de recordação, etc;
2 – O espaço da sala de exibição seria dividido pela metade:
2.1 – Na parte da frente, continuaria a funcionar uma sala de exibição (short movie), com metade dos lugares:
A programação diária, com espaço privilegiado para o cinema para o cinema brasileiro, seria montada com filmes de bom nível artístico e apelo para o grande público, em duas sessões diárias as 16 e 18 horas a preços populares de R$ 2,00 e R$ 1,00.
Uma programação especial ocuparia a sala a partir de 20h30, com exibição de clássicos, mostras, curtas, etc.
Na parte da manhã, durante a semana, sábados e domingos, haveria programação infantil e infanto-juvenil, destinada especialmente, mas não exclusivamente, a grupos de alunos das escolas públicas.
2.2 – Na outra metade da atual sala de exibição, seria instalado um Núcleo de Formação e Produção audiovisuais, com:
a) 2 ou 3 salas de edição de imagens;
b) Estúdio de som
c) Salas para cursos e oficinas técnicas de formação profissional em audiovisuais (assistente de fotografia, de produção, de cenografia, roteiristas, animadores, maquinistas, eletricistas, etc.);
d) Biblioteca e videoteca especializada em audiovisuais.
Propomos que estas e outras propostas para a sobrevivência do Olímpia sejam discutidas, com cidadões e instituições interessadas e comprometidas com a preservação de nosso patrimônio, na própria sal de cinema, no dia 03/03/2006.
No mais, vida longa para o Cinema Olímpia e para o audiovisual paraense.


Sugestões para Termo de Referência “Espaço Cinema Olympia”

Conceito do Espaço

Por seu histórico, que além de um importante ponto de entretenimento, acompanhou o crescimento da cidade, é o mais antigo cinema em atividade no Brasil. Isto coloca (não só o cinema, mas a cidade por abriga-lo) em uma posição de destaque no cenário da cultura do país. A transformação do Cinema Olympia em cinema público abre uma série de possibilidades para o munícipio, como por exemplo do ponto de vista turistíco, poderá ser mais uma importante ferramenta para divulgação da cidade.
A população de baixa renda é consumidora de audiovisual. A prova está no elevado indice de pirataria de filmes no Brasil, problema este que inclusive é pauta no país. Isso, sem falar das produções que não conseguem entrar no grande circuito de distribuição das Majors, ficando isoladas nas regiões e com isso, restritas a Festivais e exibições particulares.
A questão pedagógica também é importante. Utilizar o audiovisual como ferramenta de ensino, permitindo as crianças de escolas públicas municipais não somente acesso a cultura, mas a desenvolverem o senso crítico e de interpretação, sensibilizando-as para as diversas expressões contidas em uma obra audiovisual.

Justificativa

Sugerimos um Espaço Multi-Uso Audiovisual inicialmente pois:
- Preveligiaria a projeção de filmes nacionais (do circuito comercial ou não) de várias bitolas e tempos, criando um espaço inédito no Brasil;
- Mostras internacionais (inclusive recuperando o horário da meia-noite), onde poderiam ser vistos além dos clássicos, filmes de diversos origens e temas;
- A estruturação de cine-clube para a discussão de vários filmes pelo público interessado e reflexão para realizadores e técnicos locais;
- Poderosa ferramenta pedogógica, revigorando o processo de aquisição de conhecimento pelas crianças e possibilitando aos professores mais recursos para prestarem seu importante papel dentro do contexto de nossa sociedade;
- Formação de platéia e aproximação do público de baixa renda do cinema.


Projeto Cinema Olympia

Infra-estrutura

- Ingresso: Sugestão de R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia).
Mas para sermos precisos, precisamos fazer levantamento de custos do funcionamento do espaço, para ai determinar um valor final. Vale lembrar que pelo fato de não visar lucro, o custo do ingresso nos valores sugeridos podem responder para cobrir parte dos custos.
- Exposição Permanente: Localizada no Hall do cinema, pontuando a história do cinema, com fotos e textos. Na intenção de minimizar custos de manutenção, propomos convidar uma instituição para montagem e manutenção da mesma. Uma instituição com experiência.
- Café com Pipoca: Pequeno espaço para venda de pipoca, doces e cafés localizado no Hall. Parceria com empresa privada, que se responsabilizaria com a montagem do espaço dentro dos padrões estabelecidos pela comissão e sua manutenção. Percentual do valor seria revertido para o espaço.
- Lojinha Olympia: Camisetas, blocos, cartazes de filmes. Parceria com empresa privada, que se responsabilizaria com a montagem do espaço dentro dos padrões estabelecidos pela comissão gestora e sua manutenção. Percentual do valor seria revertido para o espaço.
- Sala de projeção: Avaliação da redução ou não das cadeiras visando ganho de espaço para demais itens na parte trazeira.
- Tipos de Programação
- Montagem da Programação (Grade)
- Equipamento para legendagem (portadores de deficiência)
- Montagem de OSIP, Instituto ou Fundação
- As Comissões e o Quadro administrativo do espaço
Local
Sala com computador, impressora, telefone e fax

ANEXO - Revitalização da 1° de Março
- Espaço Multi Uso (Oficinas de cenográfia, para atores, pequenas apresentações de teatro, dança ou populares (dança parafolcloricas, MPP e afins)
- Infra do espaço Multi Uso
- Parcerias
- Montagem Videoteca de conteúdo Amazônico
- Espaços para cursos
- Segurança do entorno (IEP até o Basa / Trindade até Assis de Vasconcelos)
- Higiene e manuntenção básica do Espaço: Campanhas de educação do cidadão
- Feirinha de produtos artesanais (Miriti, artesanato Icoaraci, Cuias de Santarém, etc) na lateral aos sábados e/ou domingos.
- Pequeno Espaço para ABDeC, APCC e Delegacia Sindical (STIC Pará).

Filosofia
- Finalidade do Espaço
- Trabalho Pedagógico
Palestra com professores
Elaboração das fichas dos filmes
Sugestão de atividades na sala de aula
Avaliação Trimestral das atividades
- Liberação de carteirinha para meia-entrada de alunos e professores
- Respeito ao idoso

Marketing
- Levantamento de custos reais de operacionalização do Olympia
- Planejamento de MKTG e Propaganda para o espaço
- Os Padrinhos do Olympia
- Possibilidade de captação junto a leis de incentivo
- Espaço em veículos para divulgação da programação e eventos ligados ao audiovisual
- Parceria dos Sindicatos dos professores (esferas municipal, estadual e federal)
- Contatos com Fundações, Festivais e Realizadores
- Plano de Ações – Metas claros e Objetivos a serem alcançados- Agregando pessoas e instituições

Hoje, no Olympia....

Há mais de um ano, nós do coletivo audiovisual paraense (digo assim pelo fato da ABDeC estar a frente, mas sempre haver a participação de amantes do cinema e simpatizantes a causa) temos como bandeira nacionalmente a preservação do Cinema Olympia.

A falta de interesse “real” e do compromisso em honrar o que foi assumido na época pelo Sr. Prefeito e responsáveis pela FUMBEL é no mínimo espantosa.

FECHADO PARA REFORMA é o espelho do interesse na preservação do espaço.

O projeto apresentado (e defendido até hoje por nós) de que o Olympia se transforme em tela aberta para o cinema nacional, com espaço multiuso para cursos e pequenos espetáculos (na parte de trás do prédio, hoje ainda abandonada) revitalizando assim o trecho da primeiro de março, da exposição permenente do audiovisual paraense, da videoteca amazônica, da lojinha de produtos... foram literalmente jogados no lixo.

Mesmo nos colocando a disposição para contatos com o governo (que no ínicio, por ser uma gestão de partido contrário dificultou muito, mas posteriormente aberta mediante diálogo com a nossa intervenção), o contato com o Ministério da Cultura, a proposta junto ao MONUMENTA... tudo relegado ao esquecimento por egos magoados.

Evocamos então qual seria o motivo da impossibilidade de enchergar a importância do Espaço Olympia, de sua representatividade para o cinema nacional e para o Norte. Isso, parece nos conduzir a reflexão para a frase: Fechado para Reforma. Refoma “de que”? O fato desta administração não conseguir ter a gerência necessária em resolver o problema do Teatro Municipal e querer resolver o problema com Olympia (em atividade na expressão desde 1912) subutilizando a estrutura? Isso entristece, e muito.

Falta é interessse, compromisso, respeito com a produção audiovisual e com a verba pública.

Após meses (entre telefonemas, entregas de ofícios, reuniões com diversas pessoas e que inclusive foram repetitivas) para que o projeto fosse realizado, e nada de concreto. Até foi publicada uma portaria, nomeando um comitê gestor...é nada aconteceu, sequer uma satisfação. Nos oferecemos inclusive para estruturar, orçar e captar.... e nada.

Tornar isso público é necessário, pelo fato que o silêncio se tornar insurpotável. Esta situação de “calar” por não ser politico “falar”, realmente sufoca.

Ser político, não é calar. Ser político é ter a conciência da importância do espaço e da história do lugar, como cidadões ativos e militantes do audiovisual. É inaceitável perceber o descaso para com nossa cultura e nossa memória das autoridades competentes deste município.

Abaixo, repitomos o Manifesto (distribuido ná época e entregue ao Sr. Prefeito), a sugestão de termo de referência para o espaço (repassado a FUMBEL) e a proposta de projeto já entregue a meses (também para a FUMBEL)


Atenciosamente.


Afonso Gallindo
Cidadão Brasileiro
Militante Cultural do Audiovisual



MANIFESTO PELA PERMANÊNCIA DO CINEMA OLYMPIA

Basta de descaso pela memória cultural.
Tomamos posição neste momento pela preservação do espaço cultural representado pelo Cinema Olympia, a mais antiga sala de cinema em funcionamento contínuo do Brasil, desde 1912.
Nosso protesto contra o fechamento, que queremos seja apenas temporário, nos faz, ao mesmo tempo, propor alternativas para sua sobrevivência física e não só em nossa memória afetiva.
Há pouco foi inaugurado em Belém um restaurante popular, com preços simbólicos, subsidiados pelo poder público. Então a pergunta que fazemos é – tendo na lembrança a conhecida canção que diz, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte” -, por que não um cinema popular, também ele com preço de ingresso subsidiado pelo poder público? E que seja, ao mesmo tempo, um espaço de formação e apoio à produção de audiovisuais?
Por isso, nossa proposta para o Cinema Olympia é a de transformá-lo no “ESPAÇO CULTURAL CINEMA OLYMPIA”, de difusão, produção e formação de audiovisuais.
Sua viabilização poderia ser feita via parceria público-privada, sob alguma das formas de tornar isso legalmente possível.
Como sugestão de adequação de espaço físico e de atividades, propomos o seguinte:
1 – No hall haveria um espaço de conveniência, com café, lanchonete, exposição permanente sobre o cinema, galeria e artigos de recordação, etc;
2 – O espaço da sala de exibição seria dividido pela metade:
2.1 – Na parte da frente, continuaria a funcionar uma sala de exibição (short movie), com metade dos lugares:
A programação diária, com espaço privilegiado para o cinema para o cinema brasileiro, seria montada com filmes de bom nível artístico e apelo para o grande público, em duas sessões diárias as 16 e 18 horas a preços populares de R$ 2,00 e R$ 1,00.
Uma programação especial ocuparia a sala a partir de 20h30, com exibição de clássicos, mostras, curtas, etc.
Na parte da manhã, durante a semana, sábados e domingos, haveria programação infantil e infanto-juvenil, destinada especialmente, mas não exclusivamente, a grupos de alunos das escolas públicas.
2.2 – Na outra metade da atual sala de exibição, seria instalado um Núcleo de Formação e Produção audiovisuais, com:
a) 2 ou 3 salas de edição de imagens;
b) Estúdio de som
c) Salas para cursos e oficinas técnicas de formação profissional em audiovisuais (assistente de fotografia, de produção, de cenografia, roteiristas, animadores, maquinistas, eletricistas, etc.);
d) Biblioteca e videoteca especializada em audiovisuais.
Propomos que estas e outras propostas para a sobrevivência do Olímpia sejam discutidas, com cidadões e instituições interessadas e comprometidas com a preservação de nosso patrimônio, na própria sal de cinema, no dia 03/03/2006.
No mais, vida longa para o Cinema Olympia e para o audiovisual paraense.


Sugestões para Termo de Referência “Espaço Cinema Olympia”

Conceito do Espaço

Por seu histórico, que além de um importante ponto de entretenimento, acompanhou o crescimento da cidade, é o mais antigo cinema em atividade no Brasil. Isto coloca (não só o cinema, mas a cidade por abriga-lo) em uma posição de destaque no cenário da cultura do país. A transformação do Cinema Olympia em cinema público abre uma série de possibilidades para o munícipio, como por exemplo do ponto de vista turistíco, poderá ser mais uma importante ferramenta para divulgação da cidade.
A população de baixa renda é consumidora de audiovisual. A prova está no elevado indice de pirataria de filmes no Brasil, problema este que inclusive é pauta no país. Isso, sem falar das produções que não conseguem entrar no grande circuito de distribuição das Majors, ficando isoladas nas regiões e com isso, restritas a Festivais e exibições particulares.
A questão pedagógica também é importante. Utilizar o audiovisual como ferramenta de ensino, permitindo as crianças de escolas públicas municipais não somente acesso a cultura, mas a desenvolverem o senso crítico e de interpretação, sensibilizando-as para as diversas expressões contidas em uma obra audiovisual.

Justificativa

Sugerimos um Espaço Multi-Uso Audiovisual inicialmente pois:
- Preveligiaria a projeção de filmes nacionais (do circuito comercial ou não) de várias bitolas e tempos, criando um espaço inédito no Brasil;
- Mostras internacionais (inclusive recuperando o horário da meia-noite), onde poderiam ser vistos além dos clássicos, filmes de diversos origens e temas;
- A estruturação de cine-clube para a discussão de vários filmes pelo público interessado e reflexão para realizadores e técnicos locais;
- Poderosa ferramenta pedogógica, revigorando o processo de aquisição de conhecimento pelas crianças e possibilitando aos professores mais recursos para prestarem seu importante papel dentro do contexto de nossa sociedade;
- Formação de platéia e aproximação do público de baixa renda do cinema.


Projeto Cinema Olympia


Infra-estrutura

- Ingresso: Sugestão de R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia).
Mas para sermos precisos, precisamos fazer levantamento de custos do funcionamento do espaço, para ai determinar um valor final. Vale lembrar que pelo fato de não visar lucro, o custo do ingresso nos valores sugeridos podem responder para cobrir parte dos custos.
- Exposição Permanente: Localizada no Hall do cinema, pontuando a história do cinema, com fotos e textos. Na intenção de minimizar custos de manutenção, propomos convidar uma instituição para montagem e manutenção da mesma. Uma instituição com experiência.
- Café com Pipoca: Pequeno espaço para venda de pipoca, doces e cafés localizado no Hall. Parceria com empresa privada, que se responsabilizaria com a montagem do espaço dentro dos padrões estabelecidos pela comissão e sua manutenção. Percentual do valor seria revertido para o espaço.
- Lojinha Olympia: Camisetas, blocos, cartazes de filmes. Parceria com empresa privada, que se responsabilizaria com a montagem do espaço dentro dos padrões estabelecidos pela comissão gestora e sua manutenção. Percentual do valor seria revertido para o espaço.
- Sala de projeção: Avaliação da redução ou não das cadeiras visando ganho de espaço para demais itens na parte trazeira.
- Tipos de Programação
- Montagem da Programação (Grade)
- Equipamento para legendagem (portadores de deficiência)
- Montagem de OSIP, Instituto ou Fundação
- As Comissões e o Quadro administrativo do espaço
Local
Sala com computador, impressora, telefone e fax

ANEXO - Revitalização da 1° de Março
- Espaço Multi Uso (Oficinas de cenográfia, para atores, pequenas apresentações de teatro, dança ou populares (dança parafolcloricas, MPP e afins)
- Infra do espaço Multi Uso
- Parcerias
- Montagem Videoteca de conteúdo Amazônico
- Espaços para cursos
- Segurança do entorno (IEP até o Basa / Trindade até Assis de Vasconcelos)
- Higiene e manuntenção básica do Espaço: Campanhas de educação do cidadão
- Feirinha de produtos artesanais (Miriti, artesanato Icoaraci, Cuias de Santarém, etc) na lateral aos sábados e/ou domingos.
- Pequeno Espaço para ABDeC, APCC e Delegacia Sindical (STIC Pará).

Filosofia
- Finalidade do Espaço
- Trabalho Pedagógico
Palestra com professores
Elaboração das fichas dos filmes
Sugestão de atividades na sala de aula
Avaliação Trimestral das atividades
- Liberação de carteirinha para meia-entrada de alunos e professores
- Respeito ao idoso

Marketing
- Levantamento de custos reais de operacionalização do Olympia
- Planejamento de MKTG e Propaganda para o espaço
- Os "padrinhos" do Olympia
- Possibilidade de captação junto a leis de incentivo
- Espaço em veículos para divulgação da programação e eventos ligados ao audiovisual
- Parceria dos Sindicatos dos professores (esferas municipal, estadual e federal)
- Contatos com Fundações, Festivais e Realizadores
- Plano de Ações – Metas claros e Objetivos a serem alcançados- Agregando vários segmentos e instituições

sábado, outubro 18, 2008

Festcine Amazônia divulga lista de concorrentes para Mostra competitiva

Os três jurados responsáveis pela pré-seleção dos filmes, vídeos, documentários e reportagens ambientais inscritos para a 6ª Edição do Festcine Amazônia – Festival de Cinema e vídeo ambiental, realizaram exaustivo trabalho durante duas semanas assistiram a trezentos e quarenta e sete filmes e vídeos vindos de todo o Brasil e de outros países, dos quais foram selecionados sessenta e duas produções.

O professor da Universidade Federal de Rondônia, José Maria Lopes Júnior, a escritora Eunice Bueno e o fotógrafo, Ronaldo Nina formaram o grupo de jurados que selecionaram os trabalhos totalizando sessenta e duas realizações.

Do Rio de Janeiro (9); Minas Gerais (8); São Paulo (8); Paraná (7); Rondônia (5); Pernambuco, Bahia e Distrito Federal, com quatro trabalhos cada; Amazonas e Goiás, com três trabalhos; Paraíba, Ceará, Acre e Santa Catarina tiveram respectivamente duas produções selecionadas, e do Pará, Maranhão e Espírito Santo foram escolhidos uma produção de cada.

De acordo com os organizadores do Festival na próxima semana serão divulgadas as vídeos reportagens ambientais selecionadas. A 6ª edição do Festival com o tema “Não – A Natureza não pode sair de cena” acontece em Porto Velho, Rondônia no período de 10 a 15 de novembro.

Curta Pará exibiu o longa "Corpo" e os curtas "Dossiê Rê Bordosa" e "Dia de Visita"

Os curtas-metragens "Dossiê Rê Bordosa" e "Dia de Visita" e o longa "Corpo" foram os destaques da 5ª Curta Pará Cine Brasil de ontem sexta-feira (17), no Cine-Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas. A programação iniciou às 19h30, com uma Homenagem aos Curtas Paraenses "Mulheres Choradeiras", de Jorane Castro e "Açaí com Jabá", de Alan Rodrigues, Marcos Daibes e Walerio Duarte.

Dando proseguimento, às 20h, a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens exibiu os curtas "Dia de Visita", de André Luís da Cunha (documentário, DF) e "Dossiê Rê Bordosa", de César Cabral (documentário de animação, SP). Melhor animação brasileira no Anima Mundi RJ e SP e Melhor roteiro no Festival de Gramado, "Dossiê Rê Bordosa" é um inventivo documentário de animação stop-motion que conta os "reais" motivos que levaram o cartunista Angeli a "matar" Rê Bordosa, sua mais famosa criação. Para realizar o documentário, César Cabral entrevistou amigos do cartunista e o próprio Angeli, que tentam explicar o que terá causado este "crime".

Seguindo uma linha documental mais séria, "Dia de Visita" mostrou a rotina de Sônia Faustino, mãe que teve dois filhos recolhidos ao presídio da Papuda, em Brasília. A rotina das visitas a fez interessar-se também pelos destinos de outros internos desprovidos de família. Ela se transformou numa defensora pública de fato, fazendo caminho fundo na burocracia judiciária. Já tinha prestado assistência gratuita a centenas de presos quando André Luís da Cunha, prestigiado diretor de fotografia do cinema brasiliense, a escolheu como objeto de seu novo documentário. O curta recebeu o prêmio de Melhor Filme de curta-metragem em 35mm de Brasília (Prêmio Câmara Legislativa), no 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, e foi eleito um dos dez favoritos do público no 19º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo.

Além destes, foi exibido também o longa-metragem "Corpo", roteiro e direção de Rossana Foglia e Rubens Rewald.

Artur é um médico legista obcecado por corpos humanos, mortos ou vivos. Mesmo trabalhando em um necrotério público, num contexto de corrupção e decadência, vai além dos diagnósticos burocráticos e faz uma profunda leitura dos corpos.

A rotina de seu trabalho é quebrada pela chegada de ossos encontrados em uma vala comum. Junto à ossada, está o corpo de uma mulher jovem, que provoca um embate no departamento: a sua supervisora, Dra. Lara, defende que o corpo é recente, sem nenhuma relação com os ossos, tidos como de vítimas do regime militar. Já Artur, pela análise do corpo, insiste que ele tem mais de 30 anos, pertence ao grupo dos ossos e que, por alguma estranha razão, se manteve preservado.

O veredito de Lara, no entanto, prevalece. E ela impõe um prazo: se o corpo não for identificado em 24 horas, será enterrado como indigente. Artur decide, então, investigar por conta própria a identidade daquele corpo. Em arquivos policiais, encontra a ficha de uma guerrilheira extremamente semelhante a ele: Teresa Prado Noth. Através do nome descoberto, Artur chega em Fernanda, filha de Teresa, que é idêntica ao corpo. No entanto, para a surpresa do legista, Fernanda diz que sua mãe está viva e propõe a ele conhecê-la. Artur aceita o convite.

Os dois empreendem uma busca caótica pela cidade em busca da mãe dela e da identificação do corpo. Paralelamente vão surgindo fragmentos da vida de Teresa. A garota morta era uma atriz de vanguarda que se transformara em guerrilheira de esquerda durante os anos 70; Helena foi a única testemunha de sua trajetória. Uma ambigüidade se estabelece: Os fragmentos podem ser tanto reais, como criações da mente de Artur.

Ficha Técnica
(85 min, 35mm, Cor, Dolby Digital, 2007)

Roteiro e Direção: Rossana Foglia e Rubens Rewald
Produção: Confeitaria de Cinema e Glaz Entretenimento
Produção Executiva: Paulo Boccato e Mayra Lucas
Montagem: Ide Lacreta
Fotografia: Márcio Langeani
Direção de Arte: Roberto Eiti
Som: Eduardo Santos Mendes
Música: Eduardo Queiroz

Elenco
Leonardo Medeiros, Rejane Arruda, Chris Couto, Louise Cardoso, Regiane Alves, Antônio Petrin, Sônia Guedes, Zecarlos Machado, Rogério Brito, Gustavo Machado, Doró Cross.

Professor canadense ministra palestra sobre filme brasileiro


Professor canadense ministra palestra sobre filme brasileiro
O road movie brasileiro ? sub-gênero do cinema que envolve filmes cujas histórias acontecem durante uma viagem - é o tema da palestra que Walter Moser, coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Transferências Literárias e Culturais, da Universidade de Ottawa, no Canadá, fará, na segunda-feira, dia 20 de outubro, às 9 horas na UFPA. Intitulada "O road movie brasileiro e as figurações da história nacional: reflexões sobre Iracema, Uma TransaAmazônica". A palestra é uma iniciativa do Projeto Rotas do Mito , do Instituto de Letras e Comunicação.

O filme "Iracema, Uma Transa Amazônica" de Jorge Bodanzky, classificado como road movie, é na realidade um auto-retrato da população da Transamazônica. Retrata a história de uma menina do interior, que vem com a família à Belém para pagar promessa na festa do Círio Nazaré. Ao chegar na cidade, acaba se envolvendo com pessoas que a levam à prostituição. Conhece um motorista de caminhão e, influenciada pelas outras prostitutas, pega carona com o motorista para ir para outros grandes centros.

Na palestra, Walter Moser vai mostrar que o road movie é um gênero de filme que cumpre o papel de ultrapassar fronteiras e vai apontar uma característica muito própria nos filmes brasileiros: a capacidade de criticar e denunciar as grandes diferenças regionais. Moser obteve seu doutorado em 1968, pela Universidade de Zurique, e é, atualmente, um dos maiores expoentes do Canadá no campo dos estudos literários e culturais. Atua também como professor visitante em várias universidades européias e americanas, é autor de diversos livros e criador do conceito de "reciclagemcultural", que, hoje, se encontra, amplamente divulgado entre os que estudam a cultura contemporânea.

O Projeto de Pesquisa, Ensino e Extensão Rotas do Mito, coordenado peloProf. José Guilherme dos Santos Fernandes, visa resgatar a memória oral, coma finalidade de proporcionar uma reflexão sócio-histórica sobre a diversidade das expressões culturais da população da Amazônia.

Serviço:
Palestra sobre o Road Movie Brasileiro e as Figurações da História Nacional: Reflexões Sobre "Iracema, Uma Transa Amazônica"
Ministrante: Prof. Dr. Walter Moser, Professor do Departamento de Línguas e Literaturas Modernas da Universidade de Ottawa (Canadá)
Data: 20 de outubro, segunda-feira
Local: Auditório do Instituto de Letras e Comunicação/UFPA
Horário: de 09:00 às 11:00 horas
Contato: Instituto de Letras e Comunicação - Fone: 3201 8018

Fonte: Latitude Produções - latitudeprod@gmail.com

quinta-feira, outubro 09, 2008

Novos Prefeitos (as) x Novas Políticas

Estamos de volta!

E pra esquentar logo o caldo, um reflexão:

Estamos em ano eleitoral.

Alguns municípios já tem novos prefeitos e outros (como no nosso caso de Belém) haverá segundo turno.

Isso nos força a reflexâo ao retorno da discussão a respeito de "novas" políticas voltadas para o audiovisual.

Muitos municípios sequer tem leis de incentivo e as que existem (na maioria dos casos) estão repletas de incoerencias ou mesmo tratam do assunto de maneira extremamente subjetiva.
Vamos nos reunir, discutir a respeito...

Não adianta ficar apenas se queixando, temos que apresentar propostas e formas de implementa-las.

Assim, poderemos cobrar de maneira mais enfática e precisa.

Documentário mostra luta dos pracinhas na Itália

No dia em que a Itália comemora 60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, um filme sobre a participação brasileira na libertação do país da ocupação nazista será apresentado na televisão italiana.
Il Filo Brasiliano ( ou "O Fio Brasileiro" em tradução livre) é uma das iniciativas que procura resgatar a presença do Brasil na volta da democracia na Itália, desconhecida para a maioria dos italianos.
Uma série de eventos nas oito cidades onde os mais de 25 mil pracinhas lutaram estão sendo realizados desde a última sexta-feira.
"Nosso Exército era pequeno em comparação a outras forças. Talvez, por isso, apenas os moradores destas cidades lembram da presença brasileira", afirma o coronel José Carlos dos Santos.
"É uma postura de ignorância, ou de baixa importância que deram ao nosso país. Mas as coisas estão mudando. O Brasil está de moda na Europa e isso deve ajudar a recuperar esta memória".
Surpresa
Conforme a diretora Marilia Cioni, o documentário, que será exibido no History Channel nesta segunda-feira em toda a Itália, não conta apenas a passagem dos pracinhas em território italiano, com suas batalhas e movimentos de tropas.
Mas, principalmente, as marcas que ficaram do relacionamento deles com a população.
Cioni soube por acaso que o Brasil havia mandado uma tropa para defender seu país da ocupação nazista, depois de Getúlio Vargas declarar guerra à Alemanha, Itália e Japão em 1944.
Ela estava nas montanhas, numa cidadezinha entre Bolonha e Florença, quando percebeu que uma das ruas principais chamava-se Brasil.
"Fiquei supresa quando um dos moradores de Montese me disse que se não fosse pelo Brasil e pelos brasileiros eles estariam falando alemão, ou teriam morrido de fome", lembra.
"A participação dos pracinhas não consta em nenhum livro de História Contemporânea na Itália e até os professores universitários ignoram. Decidi que essa era uma história que precisava ser contada".
Sem registro
Il Filo Brasiliano foi realizado pela Digital Desk em co-produção com a Fundação Mediateca Regional Toscana.
Conta com o patrocínio do Ministério das Relações Exteriores, do governo da Região Emília Romagna e de oito prefeituras italianas, além do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.
Segundo Marilia Cioni, apesar de não existirem registros nacionais, na região onde os pracinhas estiveram, no inverno de 1944 e 1945, a memória ainda está muito viva.
"Nas quase 30 cidades e lugarejos que percorri, entre Pisa, Pistóia, Florença, Bolonha e Módena, vi ruas, avenidas, praças monumentos, placas, ou pedras com o nome do Brasil. A população se esforça para preservar essa memória", disse.
Em Gaggio Montano, por exemplo, os habitantes costumam celebrar todos os anos o Dia do Mingau da Amizade. Eles fazem uma mistura parecida com a comida quente oferecida pelos pracinhas para amenizar a fome naquele inverno com temperatura de -20Cº.
Já em Montese, onde a Força Expedicionária Brasileira (FEB) travou a batalha mais difícil e teve 400 baixas, a bandeira do Brasil é hasteada ao lado da italiana todo 25 de abril.
Reencontro
No documentário, Marilia Cioni apresenta imagens da época em preto e branco.
Os depoimentos recentes de brasileiros e italianos são registrados em cores. São histórias emocionates, alegres e dramáticas.
Em uma cena, é mostrado o reencontro da italiana Yolanda Marata com o veterano Nilson Vasco Gondin.
Ele lembra de ter preparado a ceia do Natal de 1944 na casa da família dela, em Vergato.
"Guerra jamais. Principalmente, envolvendo nações que não têm nada a ver com isso. Nós, lá no Brasil, não tínhamos nada que ver com essa guerra", diz Gondin na abertura do trailer do filme.
Num outro momento, Cesarina Turrini, de Montese, um dos últimos redutos alemães, diz que nunca poderá esquecer dos brasileiros.
Em seguida, começa a cantarolar Deus salve a América…. E, depois, "ai, ai, ai, ai, está chegando a hora…", músicas, de acordo com ela, cantadas com freqüência pelos homens da FEB.
"Tem um lugar privilegiado na minha memória sobre os pracinhas, suas dificuldades e seu sacrifício. Aqui morreram muitos brasileiros", diz Francesco Arnoaldi Berdi, em frente a fortificação de Monte Castello, terreno onde ficaram os pracinhas na época e que pertencia a sua família.
Ao final da guerra, os pracinhas fizeram prisioneiros 20 mil alemães. Como não regressaram imediatamente para casa, a amizade com os italianos foi se intensificando, resultando inúmeras histórias de amor.
Pelo menos 50 casamentos se realizaram e o lixo de guerra abandonado por eles virou título do documentário de Marilia.
"Eles deixaram em Porreta-Terme quilômetros e quilômetros de fios de cobre, usados para fazer ligações telefônicas entre o front e a retaguarda", recorda.
"Um dos idosos que entrevistei, disse que a população usou esses fios para fazer a rede telefônica dessa cidadezinha. Até hoje, eles chamam esse fio de brasileiro".

BBCBRASIL.com
Valquíria Reyde Roma
25 de abril, 2005 - 18h41 GMT (15h41 Brasília)