terça-feira, outubro 25, 2011

Amazônia Doc vem chegando com Mostra Bruno Assis


Com os olhos na diversidade

Festival, que inclui exibições e atividades de formação, acontece em novembro em diversos espaços de Belém-PA

*Por Lorenna Montenegro

Voltado à valorização e fomento da produção audiovisual do Brasil, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, o Festival Pan-Amazônico de Cinema – Amazônia Doc.3 chega à sua terceira edição em novembro, apostando no cinema como meio de discussão e diálogo entre os países que compõem este imenso território e compartilham realidades tão distintas.
Mostra competitiva, mostras paralelas, sessões especiais e oficinas compõem o Amazônia Doc este ano, que mais uma vez se estende para além das salas de exibição e investe em atividades de formação com profissionais de prestígio no cenário nacional e internacional, em uma programação inteiramente gratuita.

A Mostra Competitiva recebeu trabalhos de realizadores dos dez países pan-amazônicos, alcançando a marca de 254 filmes inscritos, entre documentários e ficções, nos formatos longa, media e curta metragem.

O comitê de pré-seleção, formado pelos críticos paraenses Marco Antonio Moreira, Arnaldo Prado Júnior, Felipe Pamplona, Dedé Mesquita, Luzia Alvares e Pedro Veriano, selecionou 19 trabalhos, sendo 12 curtas e sete longas.
O festival recebeu inscrições da Bahia (15), Brasília (07), Pernambuco (06), Minas Gerais (11), Paraíba (08), Paraná (07), Santa Catarina (03), Ceará (05), Goiás (02), Maranhão (04), Amazonas (04), Espírito Santo (05), Rio Grande do sul (12), Rio de Janeiro (56), São Paulo (78), Peru (03), Venezuela (03), Equador (02), Bolívia (05) e Colômbia (06). Ao total, 12 produções paraenses participaram da seleção.
São eles: ‘A Dança do Tempo’, de Christian Spencer (RJ); ‘Cine Camelô’, de Clarissa Knoll (SP); ‘A Fábrica’, de Aly Muritiba (PR); ‘Kinopoéticas – Katari Kamina’, de Pedro Dantas (Bolívia); ‘Saltos Amazônicos’, de Igor Amin e Liana Amin (AM); ‘Oyasuminasai - Boa noite’, de Leandro Tadashi (AM); ‘Crônicas de uma morte anunciada’, de Ivan Canabrava e Souza (DF); ‘Soldados da borracha’, de Cesar Garcia Lima (RJ); ‘Matinta’, de Fernando Segtowick (PA); ‘Ribeirinhos do Asfalto’, de Jorane Castro (PA); ‘Sete Voltas’, de Rogério Nunes (SP); ‘Sucumbíos Tierra sin Mal’, de Arturo Hortas (Equador);  ‘Leite e ferro’, de Cláudia Priscila (SP); ‘Morada’, de Joana Oliveira (MG); ‘Trópicos da Saudade – Claude Lévi-Strauss e a Amazônia’, de Marcelo Fortaleza (MT); ‘Para vestir Santos’, de Rosana Matecki (Venezuela); ‘Sin ti contigo’, de Tuki Jencquel (Venezuela); ‘De ollas y sueños’, de Ernesto Cabellos Damián (Peru) e ‘A Terra da Lua Partida’, de Marcos Negrão e André Rangel (RJ).

Os trabalhos serão submetidos à avaliação de um júri oficial composto por cinco membros de destacada atuação audiovisual nacional e internacional. Serão oferecidos seis troféus: para o melhor longa-metragem documentário; para o melhor curta/média-metragem documentário; para o melhor longa/ curta-metragem ficção, para o melhor filme escolhido pelo júri popular, para o melhor roteiro de ficção; melhor direção; e para o melhor filme escolhido pela crítica.

Mostra Bruno Assis de Jovens Realizadores
O Amazônia Doc.3 também contempla a Mostra Bruno Assis de Jovens Realizadores, que busca mapear, conhecer e ampliar a visibilidade das produções de estreantes na região amazônica.  Ela também serve como homenagem a Bruno Assis, realizador paraense que faleceu em fevereiro, aos 29 anos, após construir uma carreira promissora na área audiovisual atuando como diretor de fotografia, operador de câmera e fotógrafo still em diversas produções, como os filmes vencedores do DOCTV-PA, “Eretz Amazônia” e “O Homem do Balão Extravagante”, e o longa metragem “Eu Receberia as Piores Notícias dos Teus Lindos Lábios”, de Beto Brant.

Mostra Retrospectiva Adrian Cowell
A terceira edição do festival homenageia o cineasta chinês Adrian Cowell, considerado o maior documentarista da Amazônia. Falecido no último dia 10 de outubro, em Londres, Cowell deixa um legado de 50 anos de imagens e histórias da maior floresta tropical úmida do mundo. Ele participou da primeira edição do evento, em 2009.  O festival oferece ao público uma mostra retrospectiva com 12 produções do cineasta: "Batida na Floresta”, “Na Trilha dos Uru Eu Wau Wau”, “Montanhas de Ouro”, “Nas Cinzas da Floresta”, “Chico Mendes - eu quero viver”, “O Destino dos Uru Eu Wau Wau”, “A Tribo que se esconde do homem”, “Uma Dádiva para a Floresta”, “O Sonho do Chico”, “Barrados e Condenados” e “As Queimadas da Amazônia”.

Oficinas
Mantendo o caráter de formação, marca maior do festival, o Amazônia Doc.3 oferece um circuito de oficinas, que inclui as atividades: Direção, que será ministrada por Cíntia Domit Bittar (SC), Cinema e Psicanálise, por Manoel Leite (PA); e Mídias Móveis, por Gilberto Mendonça (PA). As inscrições estão sendo feitas por meio do site www.amazoniadoc.com.

Mostra Pan-Amazônica
O Festival Pan-Amazônico de Cinema é realizado pelo Instituto Culta da Amazônia e Z Produções, com patrocínio da Oi e Sol Informática, por meio da Lei Semear de incentivo à cultura do Estado do Pará, e apoio da Oi Futuro, Grupo Ideal e Ecleteca Cultural. Informações: www.amazoniadoc.com.

Twitter: @amazoniadoc
Facebook: Amazônia Doc
Flickr: Amazoniadoc

terça-feira, outubro 11, 2011

Programação - Cineclube Pedro Veriano

Hoje no Cineclube Pedro Veriano teremos a apresentação do longa "Ajuê São Benedito" do roteirista e diretor Paulo Miranda que conta a história de um grupo de seringueiros que luta para se livrar do trabalho escravo em um seringal na Amazônia, onde o espirito comunitário e o amor entre dois jovens são os ingredientes principais da história.


Antes do longa, será exibido o curta de Marta Nassar, "Quero ser Anjo", que se passa durante as festividades do Círio e conta a história de uma garotinha que quer ser anjo, uma das características do Círio de Nazaré.


Cineclube Pedro Veriano - Casa da Linguagem 
Exibição: 18:30
Quero ser Anjo - Curta/ficção/14min/Belém/2001
Ajuê São Benedito - Longa/ficção/76min/Gurupá/2004

segunda-feira, outubro 03, 2011

Mostra Bruno Assis com inscrições prorrogadas

No Diário do Pará:
http://diarioonline.com.br/noticia-169024-mostra-bruno-assis-prorroga-inscricoes.html


Texto de Lorenna Montenegro

Você sempre quis fazer parte do meio audiovisual, mas não sabe como exibir seus projetos caseiros, ou aqueles filmes que desenvolveu através de coletivos ou com os colegas de cineclube? A oportunidade surge com a Mostra Bruno Assis de Jovens Realizadores, que prorrogou as inscrições até próximo dia 7.

Produzida pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas (ABD Pará), a mostra faz parte da programação do Festival Amazônia Doc.3 e busca mapear as novas produções cinematográficas da região, em especial, as resultantes de projetos de oficinas de audiovisual e produções independentes. Ela também serve como homenagem a Bruno Assis, realizador paraense que faleceu em fevereiro, aos 29 anos, após construir uma carreira promissora na área audiovisual.

Bruno atuou como diretor de fotografia, operador de câmera e fotógrafo still em diversas produções, como os filmes vencedores do DOCTV-PA, “Eretz Amazônia” e “O Homem do Balão Extravagante”, e o longa metragem “Eu Receberia as Piores Notícias dos Teus Lindos Lábios”, de Beto Brant. Ele ainda dirigiu o documentário “Na Canoa Pra Aprender” e foi colaborador frequente do FAmazônia Doc, trabalhando nas duas primeiras edições.

“Essa Mostra era uma ideia minha e dele, quando eu ele era o vice-presidente da ABD. Durante a nossa gestão sempre quisemos dar janela para novos realizadores e essa é a proposta da mostra” explica Dani Franco, presidente da ABD Pará. Segundo ela, podem se inscrever filmes de qualquer espécie e vindos de todos os estados do país.

“Queremos ter volume e diversidade de produções, para montar uma grade de 1h30 em cada dia do Festival. Podem se inscrever filmes que resultaram de oficinas, exercícios cineclubistas e demais realizações independentes”, acrescenta.

Os requisitos para participação dispõem que, além dos realizadores terem que ser iniciantes, os filmes inscritos devem ter sido finalizados a partir de janeiro de 2010 até setembro de 2011, não sendo necessário ser sócio da ABD ou estar vinculado a qualquer associação de cinema ou audiovisual.

CINCO ESCOLHIDOS
Serão selecionados cinco filmes, sem distinção de estado ou país concorrente, sendo um documentário em média ou longa metragem, um documentário em curta (até 19 min.) um curta de ficção (até 19 min.), outro de animação (até 19 min.) e uma videoarte.

Dani indica que a escolha será feita por um comitê de seleção constituído por membros da diretoria e/ou sócios da Associação que não tiverem inscrito suas respectivas produções na mostra, além de membros indicados pela produção do Amazônia Doc. e mais um realizador independente convidado. Eles emitirão notas avaliativas de 05 a 10 para cada vídeo.

Os selecionados para Mostra Bruno Assis não terão relação com a Mostra Competitiva do Amazônia Doc e não concorrerão a premiações em dinheiro ou troféu. “O resultado da Mostra Bruno Assis vai compor um DVD duplo que será reproduzido e enviado para as 27 ABDs do Brasil, para que seja exibido nos respectivos pontos de exibição e cineclubes”, informa a presidente da entidade local.

De acordo com Franco, os filmes podem ser inscritos via internet, postando os endereços dos mesmos em sites como vimeo e youtube, e os enviando para o endereço abdecpar@gmail.com ou enviando/entregando os filmes e material de divulgação para Rua Silva Rosado, 451 (entre Teófilo Conduru e Guerra Passos, CEP 66070-515). 

O material deve ser endereçado a ela, que lembra que as inscrições são gratuitas, sendo de responsabilidade do realizador as despesas de envio postal. Os filmes da Mostra Bruno Assis serão exibidos nos dias 5, 6 e 7 de novembro no Cine Sesc Boulevard, dentro do Amazônia Doc.3 que será de 5 a 11 de novembro. (Diário do Pará)