quarta-feira, setembro 30, 2009

Reforço para convocação de Assembléia

Reforçamos a convocação e pedimos apoio na divulgação para a convoção pública de associados para Assembléia da ABDeC Pará:

Casa da Linguagem
Av. Nazaré, S/N
Dia 02/10/2009 (Sexta-feira)

Primeira chama às 18:30 horas
Segunda chamada às 19:00 horas

Teremos como pauta:
1 - Relatório da diretoria que encerra o mandato;
2 - Indicação de chapas para compor nova diretoria
3 - Complementação e confirmação de lista de profissionais a ser publicada na rede em projeto de APTC. Torna-se indispensável a presença ou justificativa de ausência por todos. Neste momento será definida inclusive a publicação (ou não) de guia de profissionais paraenses;
4 - Apresentação de cineclube ABDeC Pedro Veriano e respectiva programação;
5 - Situação do edital de extímulo do Estado;
6 - Comissão Estadual/Municipal de Comunicação;
7 - Mostra de audiovisaul paraense para circuito nos cines ABDs de todo Brasil;
8 - Proposta de mudança de regimento/Estatuto para nova gestão;
9 - Situação administrativa da Associação e anuidades;
10 - Votação e posse da nova diretoria;
11 - O que mais se apresentar.

terça-feira, setembro 29, 2009

Festival Curta Carajás - Inscrições Abertas!!!!


O Curta Carajás é um festival de cinema brasileiro que será realizado na cidade de Parauapebas estado do Pará sendo organizado pela Prefeitura Municipal de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Cultura, que tem como proposta fomentar, difundir e dar acesso a produção de curtametragens, através de exibição pública na mostra competitiva de curtas produzidos por cineastas de todo o Brasil.

O Festival terá, Além da mostra competitiva, Mostras Paralelas: “Mostra Labirinto” (Org. Labirinto Cinema Clube), “Mostra ABDeC” (Org. ABDeC – Pará); Palestras com representantes da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas (ABDeC – Pará) e Oficinas com diretores, roteirista, produtores e profissionais do audiovisual.

Inscrições Abertas!!!!!

As inscrições estão abertas para produções que devem ter duração máxima de 30 minutos, no período de 01 de setembro de 2009 a 23 de outubro de 2009. Para se inscrever, o interessado deve baixar e preencher formulário próprio, à disposição no site do festival (www.curtacarajas.com). Serão considerados inscritos os filmes com data de postagem até 23 de outubro de 2009, não podendo a data de entrega na Secretaria Municipal de Cultura ultrapassar o dia 30 de outubro de 2009.

Regulamento
http://www.curtacarajas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=61&Itemid=171

Inscrição
http://www.curtacarajas.com/index.php?option=com_contact&view=contact&id=1&Itemid=86

Visite o site

domingo, setembro 27, 2009

Paraenses são premiados no Festival do Minuto

Quantas ideias cabem em um minuto? Para além de imagens formais e tradicionais maneiras de contar uma história, o que conta no Festival do Minuto – que desafia os participantes a produzirem vídeos com duração de 60 segundos – a grande questão está onde amadores e profissionais podem se encontrar: na capacidade de criar um vídeo interessante, curto, não importando a técnica utilizada ou mesmo a qualidade da imagem.
Para esquentar a cabeça dos videomakers de Belém, a capital paraense foi uma das cidades que entrou na onda do minuto. A ação, promovida pela patrocinadora Nokia, envolveu 30 cidades brasileiras, sendo que em algumas os melhores vídeos já foram premiados, inclusive em Belém. O Melhor Vídeo foi “Destempo”, de Arthur Arias Dutra e Gláucio Lima, com argumento de Keyla Negrão, e a Menção Honrosa foi para “#000000”, de Nilcely Moraes.
As primeiras cenas de “Destempo” foram filmadas em 2003. Não satisfeitos com o vídeo final, os realizadores decidiram mudar alguns trechos durante a edição e trocaram a trilha sonora. “Em 2003, chegamos a finalizar o vídeo. O problema é que na época não demos um tratamento adequado ao áudio; a música de fundo destoava completamente do curta, soava quase cômico... Então criamos uma nova trilha de áudio, muito mais sóbria, e enxugamos um pouco a duração dos créditos”, conta Artur Dutra.
Os dois partiram do princípio básico “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. O equipamento de gravação era amador, mas havia a boa vontade das pessoas, que toparam colaborar, seja emprestando objetos para a cenografia, seja arriscando uma primeira experiência com atuação”, conta. O vídeo ficou na “geladeira” por um bom tempo. A dupla só voltou a trabalhar nele em 2008, quando foi dado o tratamento definitivo.
Em apenas um minuto, é possível ver as lembranças de uma vida. Uma criança, uma jovem, uma mulher, uma idosa. “Nossas lembranças não devem ser encaradas como algo necessariamente perdido, que não será mais vivido. Elas são na verdade insumo para se prosseguir. É preciso tirar da ação do tempo a possibilidade de desgaste sobre o que realmente somos”, filosofa Artur.
Segundo Lucas Escócio, curador responsável pela seleção dos vídeos paraenses, com o aumento do número de inscrições, aumentaram também as chances de premiação nas várias cidades participantes. “Para Belém foi ótimo, pois as chances dos concorrentes locais chegarem ao prêmio eram bem maiores, disputando apenas entre si, e não com o país inteiro”, diz.
Sobre a qualidade dos vídeos paraenses inscritos Lucas diz que “eram vídeos riquíssimos, que exibiam as mais variadas técnicas, como animação em stop motion, videoarte, entre outros”.

O FESTIVAL

Criado em 1991, o Festival do Minuto incentiva a produção de vídeos feitos com câmeras de celular ou domésticas. Com o barateamento das máquinas, houve um verdadeiro boom de filmetes. Há dois anos o festival caiu na rede e passou a ser online. Para participar do festival é só acessar o site, inscrever-se e fazer upload do vídeo.
No Brasil inteiro foram inscritos 1.355 minutos, sendo a maioria de São Paulo e do Rio de Janeiro. Haverá uma seleção para a produção de um DVD com melhores trabalhos. Sobre um tema específico, delimitado a cada mês, ou com tema livre, os vídeos premiados recebem de R$ 200 a R$ 4.000 e/ou telefones celulares. Os prêmios são divulgados dentro do próprio site.
QUER PARTICIPAR?

Entre no site www.festivaldominuto.com.br. Alguns temas para o próximo mês são “Diferenças entre garotos e garotas” e “Beleza é”, além da categoria com tema livre e outra específica de animação. Agora é só ter a ideia, porque a câmera certamente já está na mão.

http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=62137
Fonte: Lista Latitude.

Reforço de Convocação de Assembléia Geral

Convocamos e pedimos apoio para a convocção pública de associados para Assembléia:

Casa da Linguagem
Av. Nazaré, S/N
Dia 02/10/2009 (Sexta-feira)

Primeira chama às 18:30 horas
Segunda chamada às 19:00 horas

Teremos como pauta:
1 - Relatório da diretoria que encerra o mandato;
2 - Indicação de chapas para compor nova diretoria
3 - Complementação e confirmação de lista de profissionais a ser publicada na rede em projeto de APTC. Torna-se indispensável a presença ou justificativa de ausência por todos. Neste momento será definida inclusive a publicação (ou não) de guia de profissionais paraenses;
4 - Apresentação de cineclube ABDeC Pedro Veriano e respectiva programação;
5 - Situação do edital de extímulo do Estado;
6 - Comissão Estadual/Municipal de Comunicação;
7 - Mostra de audiovisaul paraense para circuito nos cines ABDs de todo Brasil;
8 - Proposta de mudança de regimento/Estatuto para nova gestão;
9 - Situação administrativa da Associação e anuidades;
10 - Votação e posse da nova diretoria;
11 - O que mais se apresentar.

Acorda pará, Acorda Amazônia!!!!!!

Que belo exemplo a ser seguido este abaixo dado pelo Rio de Janeiro.
Este tipo de ação beneficia a cidade, o Estado e principalmente o cidadão.
Gera empregos (diretos e indiretos) com um investimento que não significa somente mais condições de produção, significa visibilidade dos talentos, da história, belezas, cultura e do Estado para todo o mundo.
Nós que fazemos audiovisual neste Estado e na região Norte sabemos das dificulades que enfrentamos para conseguir mostrar não somente os ribeirinhos, desmatamento, enchentes e motoserras. Temos muito, muito mais para mostrar e ficamos limitados aos noticiários para que o resto do Brasil nos conheça superficialmente.
Precisamos de incentivo, precisamos de formação, precisamos de apoio para mostrar nossa história e beleza. Feia ou bonita, pelo menos será contada por nós e não por turistas ou por mera falta de conteúdo mais "interessante" para ocupar um horário.
Temos talentos. Temos profissionais. Precisamos de sensibilidade para investir na "prata da casa".
Oxalá algum dia tenhamos a sensibilidade para isso. Para fazer valer nossa história e nossa gente.

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Cabral e Paes lançam Programa Rio Audiovisual

Por Fernando Paiva

Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009, 12h12

Após anos sem falar a mesma língua no que concerne às políticas públicas para o audiovisual, os governos estadual e municipal do Rio de Janeiro decidiram se unir para fortalecer o estado fluminense como o principal pólo de produção de cinema e vídeo do País. O governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram nesta quarta-feira, 23, o lançamento do Programa Rio Audiovisual, que consiste em uma série de projetos e medidas para estimular o setor de audiovisual no Rio de Janeiro, como a criação do Funcine Rio 1, a estruturação de uma nova Rio Film Comission, a união dos editais de fomento do município e do estado, dentre outros.

"É importante que as diversas esferas de governo estejam afinadas. Senão, seria como se o produtor de um filme não conversasse com o diretor, que por sua vez não conversasse com os atores etc.", disse Cabral. A secretária estadual de cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes, complementou: "Não é apenas uma parceria. Estamos realmente trabalhando em um sentido único, para ter uma política única para o audiovisual no Rio de Janeiro". Caso em 2010 o Rio de Janeiro eleja um novo governador não alinhado com a prefeitura, espera-se que o Programa Rio Audiovisual não seja descontinuado: "estamos buscando institucionalizar as parcerias de forma que o programa não morra se houver mudança política no futuro", disse o presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão.

Acordo

Na cerimônia de lançamento, Cabral e Paes assinaram um acordo de cooperação técnica para o Programa Rio Audiovisual entre prefeitura e governo estadual. No mesmo evento, representantes do BNDES, da Firjan, do Investe Rio e da RioFilme assinaram o protocolo de intenções para criação do Funcine Rio 1. Nos discursos, o tema recorrente era fazer o Rio de Janeiro voltar a crescer como pólo produtor de audiovisual. Nos últimos anos, a quantidade de longas-metragens produzidos no estado vem caindo. Em 2008, dos 79 filmes nacionais lançados, 36 haviam sido produzidos no Rio. A participação do Rio já foi superior a 50%. No entanto, no primeiro semestre de 2009, as obras do estado fluminense responderam por 88,1% do público e 90% da renda nas salas de cinema do País inteiro. "É no Rio que se produz o cinema mais competitivo do Brasil. As produções do Rio seguem como campeãs de público, apesar da redução na quantidade de lançamentos e nos orçamentos", disse Adriana Rattes.

Incentivos fiscais

Tanto o governo estadual quanto o municipal estão dispostos a reduzir impostos para beneficiar o setor audiovisual fluminense, como parte do Programa Rio Audiovisual. Na cerimônia desta quarta, Cabral assinou decreto para isentar de ICMS a importação de equipamentos de produção, finalização, infraestrutura e exibição audiovisual. Já havia decreto semelhante no estado, mas era limitado à radiodifusão. A alíquota até então era de 18%. O principal objetivo dessa isenção fiscal é modernizar o parque exibidor, com a implementação de salas digitais e 3D, por exemplo.
A prefeitura do Rio, por sua vez, enviou um projeto de lei à Câmara Municipal propondo a isenção até 31 de dezembro de 2014 do IPTU para imóveis utilizados por empresas da indústria cinematográfica, incluindo laboratórios, estúdios de filmagem e sonorização, locadoras de equipamentos de iluminação e de filmagem e distribuidores que se dediquem a filmes brasileiros. Está sendo estudada também a possibilidade de redução do ISS para o setor audiovisual na cidade.

Incubadora, pólo e estudo

Foi anunciada a criação de um módulo audiovisual dentro da Incubadora de Empresas Criativas, em parceria com o Instituto Gênesis, da PUC-Rio. Haverá espaço para incubar oito empresas de audiovisual, sendo quatro dedicadas à animação. O edital para seleção das empresas será lançado em dezembro e a expectativa é de que a incubadora comece a funcionar em abril de 2010.

Paralelamente, está em estudo a criação de um Pólo Audiovisual do Rio de Janeiro na zona portuária da cidade. A avaliação está sendo feita pela prefeitura em parceria com o Instituto Pereira Passos. A proposta é adequar a região para receber empresas de produção e infraestrutura de audiovisual, assim como um centro de formação e capacitação e também instituições públicas ligadas ao setor.

Estudo

Foi anunciada ainda a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a realização de um estudo sobre o impacto econômico da indústria do audiovisual na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados serão apresentados em março de 2010. A ideia é que esse estudo auxilie na elaboração das políticas públicas para o audiovisual no município no futuro.

Editais

Os editais de fomento à produção audiovisual do estado e do município passarão a ser trabalhados em conjunto. Para o biênio 2009/2010 serão lançados em novembro editais que somarão um valor total de R$ 5 milhões. São editais para: desenvolvimento de projetos de longa-metragem e séries de TV; desenvolvimento de projetos de jogos eletrônicos baseados em filmes ou séries de TV; desenvolvimento de conceito audiovisual em formatos multiplataforma para mídias novas e tradicionais; realização de mostras, festivas e mercados de cinema, TV e novas mídias; incentivo à exibição; produção de curtas-metragens; e prêmio adicional de renda para distribuição.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Lançamento do livro “Os melhores filmes novos - 290 filmes comentados e analisados” no Rio

O livro "Os melhores filmes novos - 290 filmes comentados e analisados"
motiva um bate papo ilustrado sobre os rumos do cinema contemporâneo, com
autor Luciano Ramos e o cineasta Ricardo Dias ("Um Homem de Moral") no dia
29 de setembro, às 19 horas, na livraria Saraiva do Shopping Pátio Paulista
(Rua Treze de Maio, 1.947 - São Paulo). Entrada franca.

O livro será lançado no dia 03 de outubro, no Festival do Rio, às 16 horas
no Pavilhão do Festival (Rua Barão de Tefé, 75 - Rio de Janeiro) com um
debate sobre esse mesmo tema. Alguns "personagens" do livro como, Beto Brant
("Crime delicado e "Cão sem dono"), já confirmaram presença. Mas a
expectativa é que Carlos Saldanha ("A era do gelo") também encontre espaço
na agenda para participar do evento.

A proposta do livro é apoiar o público das locadoras na busca pela melhor
opção. A escolha, as informações e os comentários são de Luciano Ramos, que
assistiu a mais de dois mil filmes lançados nos últimos cinco anos no
circuito comercial brasileiro. São análises sintéticas, mas não apressadas:
críticas de uma página, contendo foto e ficha técnica incluindo os prêmios
recebidos. Como outro diferencial importante, Os melhores filmes novos traz
um bônus para quem adquirir o livro: atualizações on-line, que analisam e
avaliam os filmes lançados a partir de 2009. A primeira lista já se acha
disponível desde o dia de lançamento nas livrarias. Em seguida, a cada seis
meses, acontece uma nova atualização até o fim do próximo ano.

Atualmente o programa "Cinema Falado" é transmitido pela Rádio
USP, nos mesmos moldes em que era feito na Rádio Cultura: comentários de
dois minutos sobre os lançamentos nos cinemas e em DVD, programados três
vezes ao dia, com exibição nos programas jornalísticos da emissora: Às 9h00
(USP Notícias Primeira Edição); 12h00 (Via Sampa) e 17h00 (USP Notícias
Segunda Edição). Os boletins também podem ser ouvidos pelo site
www.radiousp.usp.br

Luciano Ramos é cientista social formado na USP em 1972. Seu
primeiro trabalho como crítico de cinema foi no Jornal da Tarde. Já esteve
nas redações da Folha de S.Paulo e TV Cultura, onde apresentou e produziu
centenas de programas culturais e educativos. Editou o Guia de Filmes da
Abril Cultural nas décadas de 1980 e 1990 e, na Rede Bandeirantes, comandou
o Departamento de Cinema. Em 2002, foi para a Rádio Cultura, editar e
apresentar o programa "Cinema Falado" - a primeira revista radiofônica de
cinema. Atualmente é crítico da Rádio USP e ensina nos cursos de
pós-graduação em Jornalismo Cultural e Crítica de Cinema da Fundação Armando
Álvares Penteado.

Fonte: Maria do Rosario Caetano
Lista Cinebrasilhttp://www.cinemabrasil.org.br.

sábado, setembro 19, 2009

CINEMA ALTERNATIVO EM PERIGO

Sábado passado fui ao Cine Libero Luxardo(Centur) desejoso de ver o filme premiado (e de estréia) do ator-cineasta Matheus Natchergaele: “A Festa da Menina Morta”. Quando ia entrando com o meu querido fusca na garagem do prédio um funcionário, delicadamente, perguntou-me se eu ia para o cinema. Disse que sim. E ele disse que não. O cinema estava suspenso por conta de um desarranjo no projetor. Não é a primeira vez que isto acontece. Penso que no meu caso é a terceira. O cinema alternativo, especialmente o que á alimentado pelo poder publico, é de extrema fragilidade.Quando poderia ser o contrário: o mais forte, ganhando gordura com o subsidio.
Soube depois do que estava (ou está) acontecendo. O projetor do Libero, um dos melhores de Belém, está precisando de manutenção. Pequenos estremecimentos indicam que a máquina pode quebrar a qualquer momento. Peças como a cruz de malta indicam o fim do aparelho, pois são tão caras que pedem um novo. A melhor opção é parar antes que tudo se acabe.
E agora a parte tragicômica da historia: o Centur tinha, no meu tempo de programador do cinema de lá, um senhor técnico: o Carlos Lobo.Ele se formou ali, aprendendo num projetor ruim, colocado no espaço não se sabe como, pois até o Secretário de Cultura da época, Acyr Castro, espantou-se quando foi visitar o esqueleto do cinema (ia ser inaugurado dentro em breve) e deparou com a maquinaria em fase de instalação. Manejar esse “Hercules” (nome do projetor) era, de fato, uma tarefa hercúlea. Mas o Carlos dava conta. E deu, depois,com as mudanças para melhor. Hoje conhecia a cabine da sala como sua própria casa. Não precisava ir buscar técnico na conchichina para endireitar um pequeno defeito. Acontece que o Carlos não fez concurso para funcionário (sua categoria não existe em editais) e, como interino, saiu da folha de pagamento da instituição. Contratá-lo por serviços prestados seria a formula. E assim foi feito até recentemente. Agora não tem disso. Não se paga mais uma pessoa que saiba tratar de projetores. Eles que se lixem.E aí? Como vai ficar o Libero?
Do lado da Prefeitura (o Centur é por conta do governo do Estado), há outro prisma surrealista. O senhor prefeito não quer que se cobre ingresso do cinema Olympia, a casa quase centenária que ele, justiça seja feita, salvou da vontade do dono do prédio (ainda esperando ser tombado) em tirá-la do mapa. Mas se o salão serve para “n” coisas, a parte de cinema fica devendo ao DVD projetado e aos filmes de embaixadas que cedam cópias em 35 mm. Com outro agravante: essas cópias, obviamente, chegam do sul por via área. Carecem de pagamento de frete. E a PMB não paga isso. Então quem paga? Por outro lado, o “datashow” ou projetor de DVD, é muito precário (estava no Memorial dos Povos). Para o espaço seria necessário um que tenha no mínimo 6 a 8 mil lumens (brilho). O que projeta discos, atualmente, deixa sombras na telona, exigindo que se exiba preferencialmente títulos em preto e branco, pois o colorido esmaece de tal forma que se vê apenas...fantasmas.
O Olympia podia ter uma renda (com ingresso como o Libero, a 5 reais, e além disso, bomboniére terceirizada, que desse uma ajuda à boa vontade do prefeito). De graça precisa de verba para manter uma boa programação.
O Cine Estação, que é também do Estado, passou a fazer apenas um programa de cinema por mês no Teatro Maria Sylvia Nunes. Antes eram 3 programas. Uma pena, pois o espaço e o projetor convidam, especialmente em sessões que Belém perdeu como a matinal de domingo.
Quem ainda programa filmes para os cinemas subvencionados é gente que entende do assunto. O contacto com as distribuidoras de filmes existe e é feito com o necessário conhecimento dos produtos (quem não sabe come gato por lebre). Se o poder público olhasse um pouquinho mais para esses espaços a platéia estaria de parabéns. Cinema “de arte” não é artigo de luxo como alguns pensam. É apêndice do ensino, da cultura, do que se faz em escolas. Formar platéia para bons filmes é educar. Portanto, gastar dinheiro com cinema não é jogar fora. Mesmo, nos casos em pauta, é salvar patrimônio. Deixar as coisas flutuarem sem uma bóia é antever naufrágio. E depois do naufrágio haja dinheiro para fazer outros barcos. (Pedro Veriano).

Fonte: Latitude Produções latitudeprod@yahoo.com.br

segunda-feira, setembro 14, 2009

Edital para Audiovisual

Continuamos aguardando ansiosos o Edital de Estímulo para Audiovisual 2009 da SECULT.
Acreditamos que esta nova edição traga novidades e uma participação mais intensa de outros municípios do Estado.
Interessante seria se houvesse um livreto com dicas que esclareçam os tópicos e assim possibilitem novos realizadores para o preenchimento dos formulários.