sexta-feira, outubro 15, 2010

ABDeC-Pa leva oficina e mostra de cinema a Casa da Juventude


Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará leva oficina de audiovisual e mostra de produções paraenses à Casa da Juventude

Oficina e Mostra ocorrerão das 16h às 21h entre os dias 18 e 22 de outubro na sede da Casa da Juventude

Pensadas com a intenção de proporcionar aos jovens de baixa renda acesso aos diversos caminhos do audiovisual, a Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará – ABDeC-Pa, com realização da Casa da Juventude, ministrará uma oficina de audiovisual com utilização de novas tecnologias, como celulares e câmeras digitais, e apresentará a Mostra ABD de curtametragens e documentários paraenses.

A oficina de audiovisual com novas tecnologias será ministrada pelo fotógrafo e realizador Bruno Assis. A Mostra é coordenada pela diretoria da ABDeC-Pa, e apresentará 08 filmes entre documentários e ficção de longa e curtametragem, todos produzidos no Pará.

As inscrições para a oficina de audiovisual já estão encerradas. A programação da Mostra começa sempre às 18h, com apresentação do realizador do filme a ser exibido e debate após cada sessão.

Sobre a Mostra
A Mostra ABDeC-Pa, foi lançada no dia 30 de março de 2010, durante as comemorações de aniversário da Associação, a ABDeC-Pa.

Projetada em parceria com a ABD Nacional, a 1a Mostra ABDeC-Pa realizou um mapeamento das recentes produções do cinema e audiovisual e as exibiu durante uma semana em seu ponto de exibição, o Cineclube Pedro Veriano. Após as exibições, o público presente votou nos filmes considerados mais expressivos, elegendo 06 produções que foram compiladas em um DVD que está sendo distribuído em todo o país, através das demais ABDs presentes em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal.

Agora, a Mostra ABDeC-Pa pretende atingir os jovens que estão na fase de maturação do olhar crítico sobre o cinema.

Além dos filmes vencedores da I Mostra ABDeC-Pa, também serão exibidos os documentários "Porto Max",  "Belém aos 80", "Cirio de Nossa Senhora de Nazaré" e "Serra Pelada - Esperança nao é sonho", quatro importantes documentários sobre momentos e personagens importantes da história de Belém e do Pará.

Sobre a ABDeC-Pa
A Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará é a mais antiga entidade de representação dos profissionais de cinema no estado. Com 30 anos de atuação, a ABDeC-Pa é filiada a ABD Nacional, que por sua vez possui atuação em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Entre as principais atuações da ABDeC-Pa está o fomento ao chamado tripé do audiovisual, que são produção, difusão e distribuição, trabalhando principalmente para a construção de políticas públicas voltadas para o setor.

No Pará a ABDeC esteve presente na elaboração de ações como a implantação do Núcleo de Produção Digital – NPD, em funcionamento no IAP, e na elaboração de diversos editais públicos da área cinematográfica, como por exemplo o Edital de Mini-séries da TV Cultura, e o recém-lançado I Festival Curta Cultura da Funtelpa. Além de ser organizadora do Cineclube Pedro Veriano, que funciona em parceria com a Casa da Linguagem/Fundação Curro Velho, desde novembro de 2009.

Sobre a Casa da Juventude
A Casa da Juventude, ou seja, o Centro de Articulação e Apoio da Juventude é mantido pelo Governo do Estado e vinculado à Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes). A principal finalidade da Casa é articular os programas e políticas públicas do governo do Estado, voltados à juventude e manter um espaço de convivência democrática entre as ações do Estado e a rede de representações dos movimentos socioculturais de juventude.


Programação Mostra de Cinema

Segunda-feira - 18.10:
18h - Belém aos 80 - 102' de Alan Guimarães e Januário Guedes.

Terça-feira - 19.10:
18h - "O Negro no Pará" - 37'44" de Afonso Gallindo.
20h - "Porto Max" - 26' do coletivo audiovisual da Fundação Curro Velho.

Quarta-feira - 20.10:
18h - "Seu Didico Paraense Velho Macho" - 65' de Chico Carneiro
19h40 - "O Antigo e o Novo" - 16'  de Célia Maracajá

Quinta-feira - 21.10:
18h - "Para Todas as Horas" - 15''15" de José Arnaud
19h15 – "Círio de Nossa Senhora de Nazaré" - 26' de Alan Guimarães

Sexta-feira - 22.10:
18h - "Serra Pelada – Esperança não é sonho” – 52’ de Priscila Brasil
19h30 - "O mundo de Célia" - 06'  de Sissa Aneleh, Ronaldo Rosa e Bruno Assis


Serviço
As inscrições para Mostra de Cinema Paraense da ABDeC-Pa na Casa da Juventude, continuam abertas na Casa da Juventude que fica na Avenida Gentil Bittencourt, ao lado do Centur, fone (91) 3223 3437.
Outras informações: (91)  8167 5745 / 8889 3639 e abdecpar@gmail.com

Resultado dos fundos de audiovisual da SAV

Confraternização e bate-boca marcam anúncio do Fundo Setorial do Audiovisual

Plantão | Publicada em 14/10/2010 às 14h34m
Rodrigo Fonseca Os produtores Luiz Carlos Barreto e Pedro Rovai batem boca durante anúncio dos contemplados do Fundo Setorial / Foto Marco Antônio Cavalcanti

RIO - De lágrimas de comoção a "lavação de roupa suja", com direito a xingamento e dedo na cara, não faltaram emoções ao anúncio dos 45 projetos de longa-metragem contemplados com R$ 39,2 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), divulgado nesta quinta-feira pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), em sua sede, no Centro do Rio. Pelo menos para o diretor Neville d'Almeida, que vendeu sete milhões de ingressos com "A dama do lotação", em 1978, o dia 14 de outubro de 2010 será lembrado como uma data histórica.

Sem rodar um longa de ficção desde 1997, quando lançou "Navalha na carne", Neville, que hoje trabalha mais com videoinstalações, enfim conseguiu o apoio público necessário para filmar: no caso, a adaptação da peça "A frente fria que a chuva traz", do dramaturgo Mário Bortolotto. Ao ouvir seu nome, seguido de cifras no valor de R$ 1 milhão, os olhos do cineasta mineiro embotaram.

- O Fundo corrigiu uma distorção histórica, pois é um absurdo que um recordista de público como Neville não ganhe dinheiro de fomento desde a Embrafilme. Também foi uma alegria ver entre os contemplados um mestre como Ruy Guerra (que recebe R$ 1 milhão por "Quase memória"). Ruy merece - celebrava o diretor Paulo Thiago, que, como produtor, recebeu R$ 1 milhão para equalizar a finalização e o lançamento de "Aparecida, Padroeira do Brasil", rodado por Tizuka Yamasaki e agendado para estrear em 17 de dezembro.

Thiago falou o nome que serviu de estopim a uma discórdia ao fim do anúncio do FSA: Embrafilme, distribuidora e fomentadora do cinema nacional dos anos 70 e 80, sucateada na Era Collor, em 1990. Em meio a confraternizações, o produtor Luiz Carlos Barreto abordou nervosamente Pedro Carlos Rovai, diretor de "Ainda agarro essa vizinha", bradando: "Seu escroto! Você não deveria estar aqui".

- Era uma questão pessoal envolvendo a ata de extinção da Embrafilme. Rovai assinou um documento colocando mais de 30 produtores como devedores. O processo está rolando há 20 anos - disse Barretão.
Sua produtora recebeu o maior fomento do FSA em 2010: R$ 2,5 milhões para "A arte de perder", coprodução internacional com direção de seu filho, Bruno Barreto. Ele recebe ainda R$ 1 milhão por "Bandidos e mocinhas", de Daniel Tendler. Ao fim do bate-boca, Barreto e Rovai contemporizaram.

Sem filmar desde 1997, Neville de Almeida recebeu R$ 1 milhão para rodar 'A frente fria que a chuva traz' / Foto Marco Antônio Cavalcanti

- Eu fiz parte do conselho de liquidação da Embrafilme. Como o Barreto é estourado, ele acha que concordei com essa questão dos devedores. Chegou gritando, o que é chato, mas depois me pediu desculpas - diz Rovai, que recebeu R$ 695 mil pela comédia "Qualquer gato".

Rusgas à parte, o cinema foi surpreendido com a diversidade (temática, estética e até geográfica) dos longas selecionados, incluindo produções com vocação de mercado assumida como "Xingu", de Cao Hamburger, e "O homem do futuro", de Cláudio Torres, a obras de tônus autoral como "Os ventos que virão", do cearense Hermano Penna, realizador do cultuado "Sargento Getúlio". Sete animações entraram na seleção do FSA.

- É de absoluta importância que a gente consiga falar com todos os segmentos da sociedade brasileira, inclusive a criançada. E animação fala direto com esse público - disse Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine .