quarta-feira, dezembro 15, 2010

Fundação Curro Velho lança Portal da Cultura Paraense

PORTAL DA CULTURA PARAENSE É LANÇADO NOS 20 ANOS DA FUNDAÇÃO CURRO VELHO *

Há muito que a internet se transformou em poderosa ferramenta de divulgação e interação cultural, com suas mídias sociais como o Flickr, um portal mundial de fotografia; o Vimeo, um refinado canal para publicações de vídeos artísticos; o Tumblr e o Twitter, duas ferramentas em rápida expansão para a publicação de microblogs, sem falar no Orkut e no Facebook, também fortes meios de relacionamento.

É com esta constatação, reconhecendo que a internet é hoje um dos mais importantes suportes da área artístico-cultural, que surge o Portal da Cultura Paraense (www.culturaparaense.com), a ser lançado, nesta quinta, 16, e nesta sexta, 17, com programações que acontecem na Casa da Linguagem, e na sede da Fundação Curro Velho, respectivamente, dentro de suas comemorações de 20 anos da fundação.

Uma vitrine digital. O portal pretende divulgar contatos, fotos e históricos de trajetórias de artistas paraenses; e manisfestações culturais do Pará, a fim de promovê-los social e comercialmente, aquecendo a economia da cultura em nosso estado. Tornando-se um grande acervo de informações culturais, o portal é aberto a todos os artistas, grupos, entidades, associações, coletivos etc, ligados à cultura, que para participar do projeto só precisam fazer, gratuitamente, um cadastro com suas principais informações.

Dividido por categoria artística, o portal visa um melhor ordenamento das modalidades artísticas como: música, dança, teatro, circo, fotografia, artes plásticas, folclore, etc. Os artistas podem se cadastrar mediante apresentação de seus dados como: nome completo e artístico; breve release, fotografias e indicações de formas de contato.
O portal contempla a divulgação da arte e dos artistas espalhados pelo Estado do Pará, reconhecendo que através da internet será possível o processamento dessas informações para conexão com o mundo.

E assim como Belém é o Portal da Amazônia, o Portal da Cultura Paraense será também o canal de entrada para essa enorme rede de páginas artísticas individuais que embora muito boas ainda precisam se difundidas mais amplamente. Assim, esses artistas poderão ser localizados no universo virtual, a partir de um só endereço. Ao mesmo tempo, construído coletivamente, o portal estará promovendo o mapeamento espontâneo da cultura paraense.

Aldeia global - Vinte anos se passaram desde que a internet chegou ao Brasil e hoje cabe ao artista conhecer e explorar todos esses canais e ferramentas tecnológicas para divulgar seu trabalho a um público cada vez mais especializado e interativo.

O Portal da Cultura Paraense pretende ser uma referência enquanto banco de dados, traduzindo a diversidade artística e cultural do estado do Pará, atendendo também a uma carência de um portal com identificações e contatos dos artistas da região, valorizando-os e estimulando sua produção artística, o que significa democratizar o acesso aos bens culturais de qualidade incentivados pelo Governo do Estado.

Realizado através do Edital de Ações Colaborativas com o NavegaPará, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará – Fapespa, o projeto foi elaborado pela Associação de Planejamento Estratégico do Curro Velho – ASPE – e tem participação de estudantes da Escola Técnica Estadual do Pará Magalhães Barata, que fazem parte da produção e da gestão do portal.

Pensando em atingir os quatro cantos do Pará, o projeto será fortalecido pela rede de infocentros implantados pelo NavegaPará, pois serão os principais locais de acesso para artistas e grupos situados em lugares mais distantes e interessados em se cadastrar. Da mesma forma, os infocentros também serão umas das ferramentas de divulgação do portal a fim de aumentar e diversificar seu acervo assim como de acesso ao público, em geral, que poderá fazer suas consultas.

Serviço
O lançamento do Portal da Cultura Paraense faz parte da programação de comemoração dos 20 anos da Fundação Curro Velho. O evento acontece nesta quinta-feira, 16, a partir das 19h, na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31- Nazaré) e, no dia 17, sexta-feira, na Fundação Curro Velho (Rua Nelson Ribeiro, 287- Telégrafo). Mais informações: 91655345 / 32549740.

* Texto: Jornalista Luciana Medeiros

terça-feira, dezembro 07, 2010

Brasis de ontem e hoje em cartaz no Cineclube Pedro Veriano

A história de um quilombo e jovens internautas são os temas dos filmes em exibição

A tradição e a modernidade estão em cartaz nesta terça-feira, dia 7, no Cineclube Pedro Veriano. Os documentários premiados “Invisíveis Prazeres Cotidianos” e “Terra Deu, Terra Come”, retratam diferentes Brasis do norte e do sudeste, protagonizados por personagens que, de um lado representam o que restou de um quilombo em Minas Gerais, e de outro, as impressões pueris sobre a metrópole da Amazônia por meio da internet.


Dirigido por Jorane Castro, “Invisíveis Prazeres Cotidianos” busca desnudar o pensamento de seis jovens blogueiros sobre Belém, a cidade em que vivem, de que modo se relacionam com ela e com suas questões pessoais. Yuri acredita que fazer supermercado à noite é uma maneira de conhecer pessoas interessantes; Luana vê borboletas amarelas por todos os cantos da metrópole; Raffael elege o carro como companheiro e maneira de fugir da rotina; Rebecca adora contar no blog sobre seus passeios no shopping; Nailana vislumbra o mundo através da lente fotográfica; Pedro Henryque (conhecido como Pedrox) faz da internet um meio para, digamos, escoar o seu talento. O texto dos blogs se torna em ação e vai costurando a narrativa documental, em meio a imagens em super-8 narradas pela própria cineasta-personagem, que se fundem com a sensação de isolamento geográfico e aproximação virtual. “Invisíveis Prazeres Cotidianos” integra a série Brasil 3x4, um produto que reúne outros três documentários premiados no Rumos Cinema e Vídeo 2003-2004.


Premiado no É Tudo Verdade, "Terra Deu, Terra Come", acompanha a história do garimpeiro Pedro de Almeida, 81 anos, remanescente de uma comunidade quilombola. Ele já encontrou diamantes de tesouros enterrados pelos antigos escravos, na região de Diamantina, mas, o primeiro diamante que encontrou, há 70 anos, o tio com quem trabalhava o enterrou e morreu sem dizer onde. Depois disso, Pedro sempre em uma sinuca: para reencontrar o diamante só se invocar a alma de seu tio João dos Santos. No decorrer do documentário, Pedro comanda o cortejo fúnebre, enquanto entoa cânticos e vai desfiando histórias carregadas de poesia e significados metafísicos, que nos põem em dúvida o tempo inteiro se João Batista - tal e qual fausto -, vendeu a alma ao Diabo numa tentativa de derrotar a própria morte e enriquecer com o garimpo. Tudo num jogo de cinema-verdade encenado pelo cineasta Rodrigo Siqueira.

Sobre o CCPV - O Ponto de Exibição Cineclube Pedro Veriano é uma parceria da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará (ABDeC-Pa) com a Fundação Curro Velho, através do projeto do Governo Federal Cine Mais Cultura. Por se tratar de uma iniciativa da ABDeC-Pa, entre suas prerrogativas está a predileção por filmes em curta-metragem (antes dos longas), documentários e produções brasileiras. O ponto de exibição conta ainda com a parceria da APCC – Associação Paraense dos Críticos de Cinema, que uma vez por mês promove uma sessão em seu espaço. As sessões do ponto de exibição Cineclube Pedro Veriano são sempre às terças-feiras as 18h30, na Casa da Linguagem.

Filmes desta terça:

Invisíveis Prazeres Cotidianos (Jorane Castro , PA, 2004)

Terra Deu, Terra Come (Rodrigo Siqueira , SP, 2010)


SERVIÇO
Sessão com "Invisíveis Prazeres Cotidianos" e "Terra Deu, Terra Come". Nesta terça-feira, 07/12/2010, 18h30, no ponto de exibição -Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos. ENTRADA FRANCA.