domingo, setembro 27, 2009

Paraenses são premiados no Festival do Minuto

Quantas ideias cabem em um minuto? Para além de imagens formais e tradicionais maneiras de contar uma história, o que conta no Festival do Minuto – que desafia os participantes a produzirem vídeos com duração de 60 segundos – a grande questão está onde amadores e profissionais podem se encontrar: na capacidade de criar um vídeo interessante, curto, não importando a técnica utilizada ou mesmo a qualidade da imagem.
Para esquentar a cabeça dos videomakers de Belém, a capital paraense foi uma das cidades que entrou na onda do minuto. A ação, promovida pela patrocinadora Nokia, envolveu 30 cidades brasileiras, sendo que em algumas os melhores vídeos já foram premiados, inclusive em Belém. O Melhor Vídeo foi “Destempo”, de Arthur Arias Dutra e Gláucio Lima, com argumento de Keyla Negrão, e a Menção Honrosa foi para “#000000”, de Nilcely Moraes.
As primeiras cenas de “Destempo” foram filmadas em 2003. Não satisfeitos com o vídeo final, os realizadores decidiram mudar alguns trechos durante a edição e trocaram a trilha sonora. “Em 2003, chegamos a finalizar o vídeo. O problema é que na época não demos um tratamento adequado ao áudio; a música de fundo destoava completamente do curta, soava quase cômico... Então criamos uma nova trilha de áudio, muito mais sóbria, e enxugamos um pouco a duração dos créditos”, conta Artur Dutra.
Os dois partiram do princípio básico “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. O equipamento de gravação era amador, mas havia a boa vontade das pessoas, que toparam colaborar, seja emprestando objetos para a cenografia, seja arriscando uma primeira experiência com atuação”, conta. O vídeo ficou na “geladeira” por um bom tempo. A dupla só voltou a trabalhar nele em 2008, quando foi dado o tratamento definitivo.
Em apenas um minuto, é possível ver as lembranças de uma vida. Uma criança, uma jovem, uma mulher, uma idosa. “Nossas lembranças não devem ser encaradas como algo necessariamente perdido, que não será mais vivido. Elas são na verdade insumo para se prosseguir. É preciso tirar da ação do tempo a possibilidade de desgaste sobre o que realmente somos”, filosofa Artur.
Segundo Lucas Escócio, curador responsável pela seleção dos vídeos paraenses, com o aumento do número de inscrições, aumentaram também as chances de premiação nas várias cidades participantes. “Para Belém foi ótimo, pois as chances dos concorrentes locais chegarem ao prêmio eram bem maiores, disputando apenas entre si, e não com o país inteiro”, diz.
Sobre a qualidade dos vídeos paraenses inscritos Lucas diz que “eram vídeos riquíssimos, que exibiam as mais variadas técnicas, como animação em stop motion, videoarte, entre outros”.

O FESTIVAL

Criado em 1991, o Festival do Minuto incentiva a produção de vídeos feitos com câmeras de celular ou domésticas. Com o barateamento das máquinas, houve um verdadeiro boom de filmetes. Há dois anos o festival caiu na rede e passou a ser online. Para participar do festival é só acessar o site, inscrever-se e fazer upload do vídeo.
No Brasil inteiro foram inscritos 1.355 minutos, sendo a maioria de São Paulo e do Rio de Janeiro. Haverá uma seleção para a produção de um DVD com melhores trabalhos. Sobre um tema específico, delimitado a cada mês, ou com tema livre, os vídeos premiados recebem de R$ 200 a R$ 4.000 e/ou telefones celulares. Os prêmios são divulgados dentro do próprio site.
QUER PARTICIPAR?

Entre no site www.festivaldominuto.com.br. Alguns temas para o próximo mês são “Diferenças entre garotos e garotas” e “Beleza é”, além da categoria com tema livre e outra específica de animação. Agora é só ter a ideia, porque a câmera certamente já está na mão.

http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=62137
Fonte: Lista Latitude.

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