domingo, setembro 27, 2009

Acorda pará, Acorda Amazônia!!!!!!

Que belo exemplo a ser seguido este abaixo dado pelo Rio de Janeiro.
Este tipo de ação beneficia a cidade, o Estado e principalmente o cidadão.
Gera empregos (diretos e indiretos) com um investimento que não significa somente mais condições de produção, significa visibilidade dos talentos, da história, belezas, cultura e do Estado para todo o mundo.
Nós que fazemos audiovisual neste Estado e na região Norte sabemos das dificulades que enfrentamos para conseguir mostrar não somente os ribeirinhos, desmatamento, enchentes e motoserras. Temos muito, muito mais para mostrar e ficamos limitados aos noticiários para que o resto do Brasil nos conheça superficialmente.
Precisamos de incentivo, precisamos de formação, precisamos de apoio para mostrar nossa história e beleza. Feia ou bonita, pelo menos será contada por nós e não por turistas ou por mera falta de conteúdo mais "interessante" para ocupar um horário.
Temos talentos. Temos profissionais. Precisamos de sensibilidade para investir na "prata da casa".
Oxalá algum dia tenhamos a sensibilidade para isso. Para fazer valer nossa história e nossa gente.

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Cabral e Paes lançam Programa Rio Audiovisual

Por Fernando Paiva

Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009, 12h12

Após anos sem falar a mesma língua no que concerne às políticas públicas para o audiovisual, os governos estadual e municipal do Rio de Janeiro decidiram se unir para fortalecer o estado fluminense como o principal pólo de produção de cinema e vídeo do País. O governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes anunciaram nesta quarta-feira, 23, o lançamento do Programa Rio Audiovisual, que consiste em uma série de projetos e medidas para estimular o setor de audiovisual no Rio de Janeiro, como a criação do Funcine Rio 1, a estruturação de uma nova Rio Film Comission, a união dos editais de fomento do município e do estado, dentre outros.

"É importante que as diversas esferas de governo estejam afinadas. Senão, seria como se o produtor de um filme não conversasse com o diretor, que por sua vez não conversasse com os atores etc.", disse Cabral. A secretária estadual de cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes, complementou: "Não é apenas uma parceria. Estamos realmente trabalhando em um sentido único, para ter uma política única para o audiovisual no Rio de Janeiro". Caso em 2010 o Rio de Janeiro eleja um novo governador não alinhado com a prefeitura, espera-se que o Programa Rio Audiovisual não seja descontinuado: "estamos buscando institucionalizar as parcerias de forma que o programa não morra se houver mudança política no futuro", disse o presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão.

Acordo

Na cerimônia de lançamento, Cabral e Paes assinaram um acordo de cooperação técnica para o Programa Rio Audiovisual entre prefeitura e governo estadual. No mesmo evento, representantes do BNDES, da Firjan, do Investe Rio e da RioFilme assinaram o protocolo de intenções para criação do Funcine Rio 1. Nos discursos, o tema recorrente era fazer o Rio de Janeiro voltar a crescer como pólo produtor de audiovisual. Nos últimos anos, a quantidade de longas-metragens produzidos no estado vem caindo. Em 2008, dos 79 filmes nacionais lançados, 36 haviam sido produzidos no Rio. A participação do Rio já foi superior a 50%. No entanto, no primeiro semestre de 2009, as obras do estado fluminense responderam por 88,1% do público e 90% da renda nas salas de cinema do País inteiro. "É no Rio que se produz o cinema mais competitivo do Brasil. As produções do Rio seguem como campeãs de público, apesar da redução na quantidade de lançamentos e nos orçamentos", disse Adriana Rattes.

Incentivos fiscais

Tanto o governo estadual quanto o municipal estão dispostos a reduzir impostos para beneficiar o setor audiovisual fluminense, como parte do Programa Rio Audiovisual. Na cerimônia desta quarta, Cabral assinou decreto para isentar de ICMS a importação de equipamentos de produção, finalização, infraestrutura e exibição audiovisual. Já havia decreto semelhante no estado, mas era limitado à radiodifusão. A alíquota até então era de 18%. O principal objetivo dessa isenção fiscal é modernizar o parque exibidor, com a implementação de salas digitais e 3D, por exemplo.
A prefeitura do Rio, por sua vez, enviou um projeto de lei à Câmara Municipal propondo a isenção até 31 de dezembro de 2014 do IPTU para imóveis utilizados por empresas da indústria cinematográfica, incluindo laboratórios, estúdios de filmagem e sonorização, locadoras de equipamentos de iluminação e de filmagem e distribuidores que se dediquem a filmes brasileiros. Está sendo estudada também a possibilidade de redução do ISS para o setor audiovisual na cidade.

Incubadora, pólo e estudo

Foi anunciada a criação de um módulo audiovisual dentro da Incubadora de Empresas Criativas, em parceria com o Instituto Gênesis, da PUC-Rio. Haverá espaço para incubar oito empresas de audiovisual, sendo quatro dedicadas à animação. O edital para seleção das empresas será lançado em dezembro e a expectativa é de que a incubadora comece a funcionar em abril de 2010.

Paralelamente, está em estudo a criação de um Pólo Audiovisual do Rio de Janeiro na zona portuária da cidade. A avaliação está sendo feita pela prefeitura em parceria com o Instituto Pereira Passos. A proposta é adequar a região para receber empresas de produção e infraestrutura de audiovisual, assim como um centro de formação e capacitação e também instituições públicas ligadas ao setor.

Estudo

Foi anunciada ainda a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a realização de um estudo sobre o impacto econômico da indústria do audiovisual na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados serão apresentados em março de 2010. A ideia é que esse estudo auxilie na elaboração das políticas públicas para o audiovisual no município no futuro.

Editais

Os editais de fomento à produção audiovisual do estado e do município passarão a ser trabalhados em conjunto. Para o biênio 2009/2010 serão lançados em novembro editais que somarão um valor total de R$ 5 milhões. São editais para: desenvolvimento de projetos de longa-metragem e séries de TV; desenvolvimento de projetos de jogos eletrônicos baseados em filmes ou séries de TV; desenvolvimento de conceito audiovisual em formatos multiplataforma para mídias novas e tradicionais; realização de mostras, festivas e mercados de cinema, TV e novas mídias; incentivo à exibição; produção de curtas-metragens; e prêmio adicional de renda para distribuição.

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