sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Pequeno relatório de nossa chapa (biênio 2007/2009)

Inicialmente, a interpretação de nossa Região e por consequência de nosso Estado pelas demais do País era equivocada ou nem discutida. Na gestão da diretoria Nacional (ABD Nacional), de Guigo (2005/2007), se iniciou um mapeamento do Brasil. Tinha na época a frente como diretora de Regionalização Solange Lima, que iniciou um trabalho necessário de corpo a corpo complexo. Graças a eles e por constar nas diretrizes de nossa chapa, de nos recolocarmos na discussão nacional de maneira participativa e não apenas contemplativa se iniciou o processo.
Temas como de suma importância a formação e atualização de técnicos em nosso esatdo, importância de cotas nos editais da esfera Federal.
Nossa representatividade dentro de outros Fóruns do processo audiovisual nacionais retornaram a pauta de maneira mais enfática, somando assim a ação de militantes paraenses no circuito, enfraquecidos pelo baixo número de “soldados”.
Organizamos então o I Encontro da ABDs Norte e assim iniciamos um diálogo que proporcionou inicio de uma mudança. Este diálogo tem gerado parcerias importantes, mas fundamentalmente, fortalecer esta região distante e fragilizada pela distância dos centros de discussão nacional.
Simultanêamente, com a eleição de nova diretoria da Nacional para o biênio 2007/2009, tendo agora a frente a outrora diretora de Regionalização e agora presidente, Solange Lima, iniciamos nossa participação na discussão Nacional, retornando com a força dos sete estados que compõem a Região e assim ocupamos dentro desta nova diretoria nacional a função de membros do Conselho Fiscal, nos integrando a diretoria recém-formada. No mesmo período, nossa diretoria, em parceria com a Regional Norte do MINC, viabilizou a vinda dos diretores e a implantação da primeira delegacia sindical do STIC (Sindicato dos Técnicos da Indústria Cinematográfica - RJ), entidade reprentativa sindical definda pelo Ministério da Trabalho e resposável por nosso Estado. Convocamos reunião aberta com o coletivo, possibilitando assim a definição de representação regional, visando o registro e a valoriação de nossos técnicos.
Assim tendo, neste primeiro momento, o Pará como articulador iniciamos um trabalho ainda longo, mas necessário de sensibilização do Norte que, históricamente sempre foi colocado em segundo plano.
Somamos a Nacional na votação da fundação da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), indo a Brasília e mobilizando nossa bancada do Pará no Senado e na Câmara Federal. Tivemos apoio da maioria de nossos representantes (alguns pessoalmente, mas por definições do seu partido não) e contribuimos para implantação da Tv Brasil. Participamos deste movimento com a intenção se salvaguardar a participação de 40% da produção independente na grade, inclusive para os do Norte.
Paralelamente a isso, pleiteamos e incluimos material de realizador paraense, até então não tinhamos, na grade da Programado Brasil, projeto do Governo Federal visando a distribuição de produções independentes.
Consequentemente, por nossa militância na busca de espaço para nosso Estado e Região e convite da então Presidente de nossa Federação, assumimos interinamente a função de Diretor de Regionalização da Nacional, cargo pleiteado na época da eleição e perdido para outro Estado. Nos encontramos hoje ainda na função e viabilizamos, juntamente com a atual diretoria, um importante mapeamento de todo o Brasil que há muito era almejado pela Nacional. Executamos ainda um cruzamento das informações, gerando carta com propostas específicas para cada região, respeitando a pluralidade e características individuais das mesmas, premissa desta gestão tanto da Nacional quanto de nossa Estadual.
Não paramos ai.
Outras demandas e espaços foram surgindo e atualmente estamos contribuindo não somente com a ABD Nacional, mais também como diretor norte do Conselho Nacional de Cineclubes (CNC) na valorização do cineclubismo no Pará e no Norte, com a Coalizão pela Diversidade Brasileira, fornecendo dados e parcipando de suas ações e lembrando sempre nosso estado e região. Na recente eleição da nova diretoria do Congresso Brasileiro de Cinema (CBC) apoioamos e participamos da articulação para a eleição de Rosemberg Cariri (Associação de Produtores Culturais do Norte Nordeste - APCNN) como presidente, que foi vitoriosa. Contribuimos também na re-discussão do equivocado espaço intutulado CTAV Nordeste, atualmente Centro Audiovisual Norte/Nordeste, abrindo assim, de maneira consistente, espaço para cursos de maior duração voltado para técncios de nossa região. Neste ponto o primeiro já acontecerá agora em abril, em parceria com o NPD Pará.
Existem também as ações de foro Estadual:
- Apresentação de programa de ações de curto, médio e longo prazo a então nova gestão, que se encontra em nosso blog na integra;
- Participação no processo de elaboração de projeto, discussão e gestão cooperada no Núcleo de Produção Digital, que tem como parceiros centrais o Instituto de Artes do Pará (IAP) e a Funtelpa. Este espaço tem sido importántissimo para a atualização de técnicos de nosso estado e na cessão de camera e equipamento de iluminação de maneira gratuuita para realizadores independentes;
- Participação no edital de curtas-metragens do Governo do Pará, contribuindo na elaboração do edital e na divulgação;
- Participação na discussão em Brasília do edital DOCTV, contribuindo na reversão da cota de 10 projetos para 6 projetos, fato que inviabilizaria a participação de estados menos articulados (como Rôndonia, Amapá e Roraima). Na divulgação e indicação de membro para o edital em nosso Estado;
- No trabalho de interiorização, com implantação de células em Marabá, Altamira, Parauapebas, Canãa do Carajás. Estes com apoio fundamental do IAP e Cabloca Produções;
- Criação de blog, possibilitando intercâmbio de informações “daqui” e “de lá”;
- Indicação de membro para compor o comitê de seleção do FICTv Funtelpa, recentemente divulgado o resultado. Nosso associado Roberto Moreira foi indicado devido sua ampla experiência (inclisve acadêmica) com a produção de conteúdo para tv.
Já na esfera Municipal temos a bandeira do Olympia. Este iportante espaço para o audiovisual brasileiro corre sério risco e atuamos junto a Prefeitura de Belém, mas sem muito sucesso, apesar de termos apreentado projeto, proposta parceria e sermos de um conselho oficializado por eles.
Para nova diretoria, muito trabalho.
Foram abertas necessárias ações e elas precisam avançar.
Mas a demanda interna é grande. Será necessário uma diretoria unida e com o mesmo propósito. A militância não tem remuneração (o que não extimula muito) mas a compreensão que ela é importante para criar espaços para que todos (inclusive os diretores) poderem trabalhar e circular suas obras, valorização dos técnicos e pela criação de políticas públicas consistentes em nosso município, estado e país.
Outro desafio será a reformulação do estatuto. Ele ainda remete a produção com suporte película e por alto ao vídeo. Não podemos ignorar os avanços tecnológicos e novos suportes. Além disso, outras formas de “falar” ganharam força e precisam ser representados. As janelas ampliaram e hoje temos Tv aberta, fechada, internet, telefônia móvel, um novo sistema será implantado até 2010... não devemos perder mais tempo. Devemos ser ágeis.
Outro ponto importante é a regularização administrativa da associação. Temos anuidades para acertar e como a associação é sem fins financeiros, depende esclusivamente do pagamento das anuidades o que foi impossível face a inrregularidade da mesma. Sem efetivarmos os pagamentos das mesmas, não teremos direito a voto em Fóruns como CBC e na eleição da própria diretoria da Nacional (marcada para julho deste ano), o que nos impossibilitará de continuar tendo participação e discussão na Federação e assim, avançarmos mais no processo.
Convidamos a visitarem nosso blog: www.abdecpara.blogspot.com
Lá, se encontra memória de nossa gestão e dados importantes referentes a produção paraense.

Reprozido na integra do publicado na lista de discussão ABDeC Pará.
em 20/02/2009 - 9:50

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